"Quem não interpreta o que lê, além de fazer alarde daquilo que julga ter assimilado, não entende o que diz."
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O Xangô de Baker Street.

Neste livro surpreendente, Jô Sares alia uma rigorosa pesquisa histórica sobre a vida no Rio de Janeiro do segundo reinado à sua inventividade sem fronteiras. Romance cômico-policial, O Xangô de Baker Street contitui uma engraçada mistura de cenário muito preciso do passado- a capital do país por ocasião da primeira visita da legendária atriz francesa Sarah Bernhardt-, figuras conhecidas da história política e cultural do país, como Olavo Bilac, chiquinha Gonzaga, Paula Nei, D.Pedro II, e personagens de ficção- Sherlock Holmes e o indefectível dr. Watson-, importados para desvendar o desaparecimento incoveniente de um violino Stradivarius que deixara o imperador em palpos de aranhas. Mas as ilustres criaturas de Conam Doyle acabam sendo requisitadas para solucionar uma série de crimes hediondos e enigmáticos.
O resultado é um livro delicioso, em que as modas e os costumes da capital imperial no século passado vêm acompanhados de algumas suposições mais ousadas, como, por exemplo, a de o Brasil ser o berço do primeiro serial killer da história. Por sua vez, o texto vai do jocoso dos diálogos e da gozação do francesismo brasileiro de então ao hilariante de diversas cenas, e revelações estarrecedoras sobre a vida alimentar, farmacológica e sexual do famoso detetive da rua Baker.
O Sherlock de Jô descobrirá as delicias sensuais dos trópicos, aprenderá alguns costumes nativos, exercerá seus brilhantes dotes dedutivos (para espanto e incredulidade dos pobres mortais), mas será obrigado a admitir que os crimes abaixo do Equador não são tão elementares.

Autor: Jô Soares.
Editora: Companhia das Letras.
Gênero: Romance cômico-policial.
Págnas: 349. Ano: 1995.

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Assassinatos na Academia de Letras

O romance combina o sabor da prosa de Jô e uma pesquisa histórica que reconstitui nos mais ricos e engraçados detalhes, um Rio de Janeiro que até agora não estava nos livros parecia estar apenas na memória de quem viveu aquela época." Assassinatos na Academia Brasileira de Letras" é um romance policial recheado de comédia. O Livro trata de uma série de assassinatos que ocorrem com os membros da Academia Brasileira de Letras. O primeiro a ser morto, logo no dia de sua posse é o Senador Belizário Bezerra, aparentemente por ataque cardíaco. Porém, a morte de outro imortal, faz o detetive Machado Machado, (isso mesmo nome e sobrenome iguais) suspeitar de um serial Killer. E estava certo, uma série de mortes por envenenamento começa a ocorrer. O assassino deixa pequenas pistas como um carta com um pássaro exótico e desconhecido e com o nome Brás Duarte é uma das poucas pistas que detive possui. Políticos, nobres e clero todos são vítimas do assassino, que deseja a morte dos imortais. O Livro mistura ficção com realidade. Aborda a construção do Cristo Redentor, a vida no Rio de Janeiro em 1924, além de mostrar a intimidade de vários personagens de forma cômica, sem deixar de ser séria. E se quiser saber quem é o assassino, saiba que é, surpreendentemente o alfaiate anão Camilo Rapozo.

Autor: Jô Soares.
Editora: Cia Das Letras.
Gênero:Romance Policial.
Págns:256. Ano:2005.

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O Homem que Matou Getúlio Vargas


O Homem que Matou Getúlio Vargas é a biografia criada por Jô Soares de Dimitri Borja Korozec, anarquista especializado em assassinatos políticos, que tem como diferencial, como cita o narrador, "uma propensão natural para a catástrofe", que faz dele sempre o homem certo na hora errada. Perseverante e astuto, mesmo sendo um "desastrado nato", ele muda de cidade e de país, sempre convencido de que sua missão é exterminar tiranos. Curiosamente, Dimitri sempre encontra-se no meio de algum acontecimento interessante. Jô Soares constrói um roteiro geográfico para seu assassino e, através dele, conta 40 anos de história. Entre história e ficção passam-se 40 anos, de 1914 na Bósnia ate 1954 no Brasil. Mas, na biografia desse assassino anarquista, um fato e líquido e certo: Jô Soares é o arquiteto do riso.
Com seu humor infalível, Jô faz a biografia fictícia de um assasino especializado em tiro pela culatra. E mostra que às vezes a própria história-a verdadeira- parece coisa de humorista.

Autor: Jô Soares.
Editora:Companhia das letras.
Gênero:Romance Policial.
Páginas:342. Ano:1998.

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