" Quem coloca a bunda em caras não coloca a cara na Bundas" Ziraldo
Fundar um veiculo alternativo nos dias de hoje não tem o mesmo significado que teria durante o regime militar, porém se pensarmos na questão do "alternativo" pode se supor que os atuais projetos neste campo represetam uma opção de idéias não só política governamental, mas também à grande mídia.
Em junho de 1999 surgiu no Brasil um novo veículo considerado alternativo, Ziraldo e alguns amigos que fundaram o famoso Pasquim se unem em torno de um novo projeto a Revista Bundas.
Em uma entrevista ao Portal Educacional, Ziraldo na época do lançamento da revista, dizia que Bundas estava surgindo para dizer que o país precisa dar mais valor a cabeça do que as nádegas, dai o nome irônico.
Ziraldo afirmava que o povo estava esvaziado pelo consumismo, pelo imediatismo e que ninquêm queria mais criar ou escolher o próprio caminho, mas sim comprar tudo pronto. Este seria o principal motivo pelo qual Bundas nascia: para ser alternativo ao que estava sendo "jogado" pela mídia para seus receptores, mas com proposta de fazer isso com humor.
O Cartunista João Spacca diz o que a revista pretendia no seu lançamento;
" Bundas, não se iludam com o nome, tem um compromisso ético com seus leitores, não puro entretenimento, disto se oculpam os mercadores de TCHANS, Bundas usa a estratégia clássica dos humoritas: avacalha para dizer coisas sérias"
Spacca mostra que no primeiro momento o nome da revista causou certa descofiança, mas a principal aposta seria no que Bundas teria para dizer, ela surgiu pretendendo mostrar o que a mídia oficial não mostra.
Ziraldo fala sobre o nome tão polêmico da revista, que foi um ponto crucial para o fim de Bundas.(apesar que tem na mídia nome mais polêmico como Casseta) além da falha na administração e da falta de anunciantes para manter a revista circulando. "O nome Bundas não foi assimilado pelo mercado publicitário, em um ano e meio de Bundas eu não consequi nenhum anúncio pago ... NENHUM!
Mais uma publicação da chamada "imprensa alternativa" Brasileira está fechando as portas, infelizmente para todos aqueles que sonham em construir um sistema de comunicação democrático e pluralista no Brasil.
"A grande mídia é socorrida na hora do aperto, já os pequenos e médios...Bem... Eles são pequenos e médios e seu destino têm sido o limbo ou a incorporação pelos grandes..."
Fonte: NUCOM. Núcleo de comunicação
Por: Maria Gabriela Praxedes, Nilson Zanchetta, Tiago Valentim.
*****
Fundar um veiculo alternativo nos dias de hoje não tem o mesmo significado que teria durante o regime militar, porém se pensarmos na questão do "alternativo" pode se supor que os atuais projetos neste campo represetam uma opção de idéias não só política governamental, mas também à grande mídia.
Em junho de 1999 surgiu no Brasil um novo veículo considerado alternativo, Ziraldo e alguns amigos que fundaram o famoso Pasquim se unem em torno de um novo projeto a Revista Bundas.
Em uma entrevista ao Portal Educacional, Ziraldo na época do lançamento da revista, dizia que Bundas estava surgindo para dizer que o país precisa dar mais valor a cabeça do que as nádegas, dai o nome irônico.
Ziraldo afirmava que o povo estava esvaziado pelo consumismo, pelo imediatismo e que ninquêm queria mais criar ou escolher o próprio caminho, mas sim comprar tudo pronto. Este seria o principal motivo pelo qual Bundas nascia: para ser alternativo ao que estava sendo "jogado" pela mídia para seus receptores, mas com proposta de fazer isso com humor.
O Cartunista João Spacca diz o que a revista pretendia no seu lançamento;
" Bundas, não se iludam com o nome, tem um compromisso ético com seus leitores, não puro entretenimento, disto se oculpam os mercadores de TCHANS, Bundas usa a estratégia clássica dos humoritas: avacalha para dizer coisas sérias"
Spacca mostra que no primeiro momento o nome da revista causou certa descofiança, mas a principal aposta seria no que Bundas teria para dizer, ela surgiu pretendendo mostrar o que a mídia oficial não mostra.
O principal objetivo de Bundas era se opor à revista Caras, que segundo Spacca é uma mídia que só mostra o faz-de-conta dos famosos, a revista chegou a criar até o Castelo de Bundas , satirizando o castelo onde a revista Caras recebe famosos para temporadas.
Bundas acusa: Caras é a mídia oficial e mentirosa, o Brasil faz de conta das novelas da Clobo, o ópio que embebeda o povo e o impede de tomar consiência em si mesmo, ora Caras não faz jornalismo, Caras apenas mostra como vivem os famosos ou como os famosos querem que a gente pense que eles vivem, a burquesia brega de Caras, tomando sol e uisque à beira da píscina, é denunciada pela esquerda chique de Bundas, que faz o mesmo numa esquina chique de Ipanema, a simples existência de Bundas já é em si uma denúncia, com ou sem glútios na capa. Mostrar descaradamente que a nata do humor gráfico nacional, para poder publicar o que sabe fazer, foi obrigada a criar seu próprio veículo, uma verdadeira ilha de Bundas num mar de Caras.
Bundas era semanal, e a principal maneira de expor suas idéias era através do humor, era dividida em artigos, colunas, seções fixas com comentários, entre elas Bundalelê que trazia pequenos comentários humorísticos sobre os assuntos em debate na mídia, Bundão da semana que elegia um destaque, Covil do Jaquar onde o próprio Jaquar escrevia comentários. Pixels com frases e trechos humorísticos, Salão de anedotas, piadas, abunda da semana, bunda lê livros, entre outras.
O leitor tinha espaço na revista, na seção cara bundas, onde a revista publicava as cartas e e-mails pelos leitores e fazia comentários, Bundas faz jornalismo, mas seu gênero preferencial é o opinativo.
Entre os cartunistas além de Ziraldo, havia, Amorim,Zeca Malvado, Redi, Guidacci, Ricardo Leite, Mariana, Nani, Miguel Paiva, Luiz Pimentel entre outros.
O FIM: A revista durou pouco mais de 70 edições e foi vinculada por cerca de um ano e meio, até que a editora Pererê Ltda, que a publicava, se afundou em dívidas.Ziraldo fala sobre o nome tão polêmico da revista, que foi um ponto crucial para o fim de Bundas.(apesar que tem na mídia nome mais polêmico como Casseta) além da falha na administração e da falta de anunciantes para manter a revista circulando. "O nome Bundas não foi assimilado pelo mercado publicitário, em um ano e meio de Bundas eu não consequi nenhum anúncio pago ... NENHUM!
Mais uma publicação da chamada "imprensa alternativa" Brasileira está fechando as portas, infelizmente para todos aqueles que sonham em construir um sistema de comunicação democrático e pluralista no Brasil.
"A grande mídia é socorrida na hora do aperto, já os pequenos e médios...Bem... Eles são pequenos e médios e seu destino têm sido o limbo ou a incorporação pelos grandes..."
Fonte: NUCOM. Núcleo de comunicação
Por: Maria Gabriela Praxedes, Nilson Zanchetta, Tiago Valentim.
*****
3 comentários:
Kapítulo Hum Das Kapital Fabrikation Bundalelê
Face a book...encare um livro...
Leia uma obra velha cheia de novidades
Livro 1 Capítulo 1 A mercadoria
sobre você nem saber o quanto perdeu na vida
enquanto só pensava em ganhar do próximo
Se dar bem e ganhar destaque nos negócios
Mais valia um carinho uma palavra amiga nesses dias
E como diz o professor matemático:
-"Vamos por no gráfico ?"...a relação custo/benefício;
atitudes vazias / compromissos sérios; virtude/ vício ?
Sua revolução sexual não será no Google
Sites Pop Porn Pop-Up PornGraphics RedHotube Angels
A boa e má matemática no mundo financeiro
Uma bunda bem malhada dá dinheiro
Dá motivo pra todo mundo rir
Dá pena gozar dessa alma pequena
Quem vê Bundas não vê Caras
Quem vê cara sabe que custam caros
corpos bem-feitos bem formados
bem comprados nas bancas
em revistas em programas televisionados
Foi um prazer encontrar você, Engraçadinha
Toda nudez será castigada, Anjo pornográfico
A vida como ela é em seu Vestido de noiva
Suzana Flag, A mulher sem pecado
A mentira de Suzana Flag, Meu destino é pecar
A Falecida, O asfalto selvagem, Beijo no asfalto
O homem proibido de Suzana Flag O homem fiel e outros contos
As amarguras, podridões, tragédias e o óbvio ululante:
Uma bunda bem malhada dá dinheiro
Sua revolução sexual não será no Google ( poema de Claudio Laureatti)
Foi uma pena essa revista sair de circulação. Era um verdadeiro contraponto à mídia mentirosa que predomina no Brasil
Acho que título afastava quem não gosta de humor erótico e o conteúdo afastava quem pensa pouco! Mas acredito que com o tempo as pessoas poderia entender que se tratava de um contraponto à nossa mídia fútil e tendenciosa!
Postar um comentário