"Quem não interpreta o que lê, além de fazer alarde daquilo que julga ter assimilado, não entende o que diz."
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STALINGRADO. O Cerco Fatal.

Pra começar, Agradeça aos COMUNISTAS por nos livrar de Hitler.

Vitorioso com a fulminante BLITZKRIEG que levou de roldão a Europa Ocidental, com exceção da Inglaterra, arrasada pelas bombas da Luftwaffe e humilhada pela retirada de Dunquerque, Adolf Hitler resolve partir para uma presa maior, a União Soviética. Foi uma das mais terríveis campanhas da história das guerras e Antony Beevor a revela com toda a dramaticidade em STALINGRADO. Os aspectos militares já foram bastante examinados, mas aqui o aspecto humano ganha uma dimensão inédita por conta do acesso do autor aos arquivos russos e alemães, com cartas pessoais e relatórios chocantes que dão uma nova visão desta trágica campanha.

 Beevor mostra que a perda brutal da 27 milhões de vidas sofridas pela URSS não se deveu apenas á ação dos invasores alemães, mas ao desprezo de Josef Stalin por seu próprio povo, retratado nas ordens para cidades inteiras fossem queimadas para nada restarem aos alemães, deixando milhares e milhares de civis a míngua; nas proibições para que esses civis fossem evacuados; nas punições duras aos soldados ante a menor suspeita de covardia; na execução sumária de soldados feitos prisioneiros pelos alemães que conseguissem fugir, acusados de colaborar com o inimigo, com o inimigo.

Piolhos, disenteria e tifo causaram tantas baixas quanto o inimigo, com os soldados alimentando-se carniça, sopa de urtiga e de outras ervas.

Crianças que se esgueiravam em busca de migalhas nos armazéns onde os alemães guardavam o trigo confiscado, eram abatidas a tiros.

A campanha de Stalingrado foi o desdobramento da Operação Barbarossa, contra a URSS, iniciando-se no final do verão de 1942 e seguindo até fevereiro de 1943 quando os alemães, cercados pelos russos e fustigados pelo inverno, se renderam. A vitória esteve várias vezes ao alcance dos alemães, mas lhes fugiu pela tenacidade do povo russo.

Sobreviventes alemães continuam vendo a Batalha de Stalingrado como uma armadilha soviética para dentro da qual haviam sido atraídos por retiradas deliberadas. A obra de Beevor reforça um aspecto indiscutível: "A batalha de Stalingrado continua sendo um tema ideologicamente carregado e simbologicamente importante, cuja última palavra não será ouvida por muitos anos."

"Não se pode", observou o poeta Tiuchev, "entender a Rússia com a mente" Nem compreender de modo adequado a Batalha de Stalingrado com uma pesquisa padrão. Um estudo apenas militar dessa luta titânica não transmite a realidade no campo, da mesma forma que os mapas de Hitler na Wolsschanze de Rastenburg só o isolaram num mundo de fantasia, muito distante do sofrimento dos seus soldados.

A intenção deste livro é mostrar, valendo-se de uma narrativa histórica convencional, a experiência das tropas dos dois lados, usando uma ampla gama de material novo, sobretudo arquivos da Rússia. A variedade de fontes é importante para transmitir a natureza sem precedentes do combate e seus efeitos nos que nele foram colhidos com pouca esperança de escapar.

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Autor: Antony Beevor.
Editora; Record.
Gênero;2 Guerra Mundial.
Ano; 2005.
Paginas: 558.

Nada de Novo no Front.

Erich Maria Remarque, nasceu em Osnabruck, Alemanha a 22 de junho de 1898, e morreu em Locarno, Suíça, a 25 de setembro de 1970. Realizou os estudos básicos em sua cidade natal, frequentando depois a Universidade de Munster, interrompendo os estudos aos dezoito anos, participou ativamente da Primeira Guerra Mundial, sendo ferido três vezes, uma delas gravemente. Após o conflito, lutando para sobreviver num país completamente corroído pela guerra, exerceu diversas profissões: foi mestre-escola, pedreiro, organista, motorista, agente de negócios critico de teatro etc. Os empregos se sucederam até que um dia decidiu escrever, produzindo pequenos artigos, ora aceitos, ora recusados pelos jornais. Conseguiu trabalho em alguns periódicos de Hanôver e Berlin, mas não esqueceu o pesadelo da guerra. Suas noites de insônia são preenchidas por infindáveis cadernos onde anota os horrores que viveu. Em breve descobre naquelas folhas manuscritas o núcleo de um livro- um romance sobre a guerra. A editora Ullstein insiste no lançamento da narrativa, mas o máximo que consegue é sua publicação em folhetins no jornal Vossiche Zeitung. Publicado como livro pela primeira vez em 1929, Nada de Novo no Front (Im Westen Nichts Neues) deixa o publico e as autoridades alemãs totalmente perplexos, Objeto de criticas, polemicas e discussões, o romance de Remarque mostra - a um público que ainda considerava a guerra como uma fatalidade histórica cercada por um elo de romantismo heroico - a verdadeira face dos soldados que nela se envolveram.
Certamente não eram guerreiros, como os que apareciam nos filmes de propagandas, mas homens maltrapilhos, neuróticos e assustados.
Traduzido em varias línguas, o romance ganhou o mundo sendo levado à tela em 1930. Em 1931, Erich M Remarque iniciou a publicação também em folhetim, de O Caminho de Volta (Der Weg Zuruck), onde retrata as frustrações dos que regressavam das frentes de luta. Em 1933, perseguido pelos nazistas por causa do pacifismo manifesto em suas obras, exilou-se primeiro na Suiça e depois nos EUA, onde escreveria outros livros de sucesso sobre o absurdo da guerra; Três Camaradas (Three Comrades 1937), Náufragos,(Flotsam,1941), Arco do Triunfo (Arch of Triump,1946). Deixou também um romance póstumo, Sombras do Paraíso (Schatten in Paradies, 1971).

"Se todos os exércitos tivessem soldo igual e igual comida, a guerra seria depressa esquecida."

                                                                Trecho:
Durante o dia, a atmosfera está carregada de ameaças. Há um boato de que o inimigo vai apoiar os ataques da artilharia com tangues e aviões. Mas isto nos interessa menos do que o que se comenta sobre os novos lança chamas.
 Acordamos no meio da noite. A terra ribomba, por cima de nós um terrível bombardeio.
 Agachamo-nos pelos cantos. conseguimos distinguir projeteis de todos os calibres.
 Cada um apalpa seus pertences para assegurar-se, a todo momento, de que continuam ali, à mão. O abrigo estremece, a noite parece feita de rugidos e clarões. Nos lampejos momentâneos, entreolhamo-nos e, com rostos pálidos e lábios apertados, sacudimos as cabeças.
 Todos sentem como na própria carne os projeteis da artilharia pesada destruírem os parapeitos das trincheiras, enterrarem-se nas depressões e despedaçarem os blocos superior de concreto. As vezes, o estrondo é mais surdo e mais violento, como uma fera que ruge, quando a granada acerta na trincheira. De manhã, alguns recrutas estão lívidos e vomitam. São ainda muito inexperientes...

Nossa exaustão é tanta, que apesar da terrível fome, nem pensamos nos enlatados. Só pouco a pouco vamos transformando novamente em algo parecido com seres humanos...

Vemos homens ainda vivos que não têm mais a cabeça; vemos soldados que tiveram os dois pés arrancados andarem, tropeçando nos cotos lascados até o próximo buraco; um cabo arrasta-se dois quilômetros de quatro, arrastando atrás de si os joelhos esmagados; outro, chega até o Posto de Primeiros Socorros e, por sobre as mãos que os seguram, saltam os intestinos. Vemos homens sem boca, sem queixo, sem rosto; encontramos um homem que, durante duas horas, apertava com os dentes a artéria de um braço, para não ficar exangue. O sol se põe, vem a noite, as granadas assobiam, a vida chega ao fim...

Autor: Erich M. Remarque.
Editora: Abril.
Gênero: Primeira Guerra Mundial.
Paginas: 231.
Ano: 1981.

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Guerra e Paz. Adaptação de Silvana Salerno.

O enredo deste clássico da literatura russa se passa durante a campanha de Napoleão na Áustria, e descreve a invasão da Rússia pelo exército Francês e a sua retirada, compreendendo o período de 1805 a 1820.
 O jogo da política, as intrigas da corte, as tramas da sociedade, as táticas da nobreza arruinada, a brutalidade da guerra, sua banalidade e seus acasos...Os bastidores do poder são desvendados em GUERRA E PAZ.

 Este painel da aristocracia russa só é tão profundo e verdadeiro porque foi escrito por alguém de dentro dela. As duas principais famílias retratadas - Rostov e Bolkonski-representam as famílias Tolstói e Volkonski, respectivamente do pai e da mãe do autor, Liev Tolstói. GUERRA E PAZ retrata ainda o preconceito e a hipocrisia da nobreza, e também suas tradições religiosas, ao lado da vida cotidiana dos soldados e dos servos.

 Ambientado na Rússia do início do século 19, o romance lida com temas essenciais à vida contemporânea: a guerra e a paz. Tolstói narra as guerras entre o imperador francês Napoleão e as principais monarquias da Europa, dissecando causas, origens e consequências dos conflitos e, principalmente, expondo os homens e suas fraquezas.

Tanto no exército Francês como no russo, tudo parecia acontecer por obra do acaso. Os planos de guerra eram elaborados e discutidos minuciosamente ao longo de semanas e, no momento da ação, nada do que fora planejado, nada do que estava traçado no papel, era posto em prática. Muita coisa fugia do controle dos líderes militares, e era justamente nesses momentos que ocorriam as surpresas: as vitórias e derrotas inesperadas. Tudo muito improvisado e muito humano.
 A invasão russa é uma surpresa para todos. O sonho de Napoleão se concretiza: ele toma Moscou, a capital do grande império, a cidade sagrada do czar Alexandre. A guerra-ou melhor, as guerras napoleônicas, como são chamadas - está apenas começando. Quem será o vencedor?

GUERRA E PAZ é uma epopeia no sentido de obra grandiosa, mas sem o lado heroico típico desse gênero literário. É um romance que coloca as pessoas em primeiro lugar; descreve minuciosamente a guerra para elogiar a paz. Os principais mitos políticos e bélicos são desmascarados e duramente criticados.

Com centenas de personagens e mais de mil páginas na versão original, aborda os dilemas da alma, a busca da espiritualidade, as dúvidas filosóficas, a maçonaria, a vida e a morte. O texto é tão verdadeiro que percorremos a narrativa como se estivéssemos dentro dela, neste livro forte sincero, sutil e irônico, em que o autor se coloca por inteiro. Por isso é tão humano e apaixonante.

O primeiro capítulo é um quadro representativo de toda a obra. Ele se passa em uma festa no salão de Ana Pávlovna Scherer, dama de companhia da imperatriz, que recebe a nobreza em sua casa- é assim que Tolstói introduz o leitor ao mundo que vai representar. Neste capitulo, não é importante saber quem é quem, e sim o que as pessoas dizem e pensam. Com os seus atores em cena, Tolstói começa a desvendar o jogo. Á maneira de um pintor delicado, compõe as personagens em pinceladas sutis. O clima que as envolve ajuda a revelar muito do interesse e da personalidade de cada uma. Nenhuma atitude é gratuita- todas as ações têm um significado, ou melhor, um interesse explícito.

O texto é tão fiel á realidade que mostra que alguns jovens russo tinham Napoleão - o inimigo número 1 da Rússia -como herói. Piotr Bezukhov e Andrei Bolkonski, aristocratas russos, torcem por Napoleão, provavelmente pelo seu carisma e pelas inovações realizadas no início do seu governo.

Esta adaptação respeitou o conteúdo e os aspectos estilísticos da obra original. Ao tornar o texto mais conciso-as versões integrais têm cerca de 1.200 páginas, ficaram evidenciados os aspectos relacionados mais especificamente com as guerras políticas e o jogo do poder, permeados pelo relacionamento pessoal das personagens.

Autor: Liev Tolstói. adaptação de Silvana  Salerno.
Editora: Cia das Letras.
Gênero; Romance Russo.
Páginas: 279.
Ano: 2008.

Ilustração Mauricio Paraguassu e Dave Santana.

Liev Tolstói 1828-1910.

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Berlim 1945: A Queda.

"É assim que Berlim vai ficar!". A frase, esbravejada por um coronel soviético diante dos escombros de Stalingrado em 1943, foi o que impulsionou o historiador britânico Antony Beevor a escreverBerlim 1945: a queda . Como a ameaça feita pelo militar stalinista, a obra é uma resposta aStalingrado best-seller do mesmo autor, que relata como a cidade foi devastada pela invasão alemã.
A viagem no tempo começa ao final de 1944, quando Berlim encontrava-se já submersa numa “atmosfera generalizada de queda iminente, tanto na vida pessoal quanto na existência da nação”. Ao lado de estratégias e cálculos militares, a descrição em pormenores dos medos e preocupações de todos os envolvidos no conflito ‐ civis e militares ‐ recompõe o clima caótico da cidade e prepara o leitor para o desenrolar da batalha.
Com uma narrativa envolvente, o livro transporta o leitor para dentro do conflito, ao descrevê-lo por diferentes pontos de vista. Beever contrapõe o cotidiano de berlinenses ao de estrangeiros que, excluídos dos abrigos, vagavam pelas ruínas da cidade e tiveram que criar o próprio refúgio, reconstrói diálogos sobre decisões bélicas entre militares e transforma personalidades históricas em personagens ao traçar perfis psicológicos de maneira bastante subjetiva: Hitler “sofria de uma atroz vaidade pessoal”, enquanto Stalin “era muito mais calculista”.
Com doses cavalares de pânico, terror e agonia, a narrativa romanceada sugere imagens estarrecedoras da claustrofóbica situação dos abrigos antiaéreos e das assustadoras ruínas da cidade e, em meio a discussões táticas entre generais, o leitor se emociona com o desespero de civis e soldados, exposto em fragmentos de cartas, diários e “canções da guerra”.
Berlim 1945: a queda é um documento histórico sobre a vingança soviética, em que Beevor reconstrói em uma narrativa minuciosa o estado dramático da capital alemã durante o episódio final da Segunda Guerra na Europa. Os inúmeros detalhes reconstituem a situação de horror que dominava Berlim àquela época e valorizam a intensa pesquisa feita pelo historiador ‐ que pode ser conferida no extenso índice de fontes e referências.

A obra traz também uma série de fotografias de cenas da guerra, que ilustram o terror de uma cidade transformada em campo de batalha, mapas que reconstituem, por etapas, a invasão do exército vermelho e um glossário que traduz siglas e jargões bélicos. Outros anexos e uma "montagem do autor", com informações não publicadas na versão impressa do livro, podem ser encontrados ainda no sitewww.antonybeevor.com.


Antony Beevor seduziu leitores e arrancou elogios da crítica ao narrar a devastação provocada pela invasão alemã da União Soviética em Stalingrado. Agora, em 'Berlim 1945 - a queda', o historiador revela como ocorreu a vingança, dois anos depois, com a tomada da capital do Terceiro Reich, que pôs fim à Segunda Guerra Mundial no continente europeu.

Autor: Antony Beevor.
Editora: Record.
Gênero;2 Guerra Mundial, 1939-1945.Alemanha Nazista.
Ano; 2002.
Paginas; 600

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Alemanha,1945.

Bombardeios incessantes, cidades e símbolos destruídos. Colapso econômico, desintegração social, deslocamentos em massa, violência sexual.
 Nesse detalhado e abrangente relato do fim da Segunda Guerra na Alemanha, o historiador inglês Richard Bessel mostra que o desenlace devastador do conflito incutiu nos alemães um profundo "complexo de vítima" central para a forma como emergiram do trauma da guerra e da derrota total, deram as costas ao Terceiro Reich e seus crimes, e puderam se concentrar na reconstrução de suas vidas e de seu país.
 A transição da Alemanha para o período de relativa paz, democracia política e prosperidade é um dos nexos da história da Europa no Século XX, e no entanto tem recebido pouca atenção da historiografia. A perplexidade ante a tirania, a guerra e o genocídio que se abateram sobre o continente tem concentrado a atenção dos estudiosos; este livro busca analisar como a humanidade começou a sair das trevas.

"Fascinante... Bessel evoca de forma vívida o panorama arrasado da Alemanha conquistada."
                             The New Yorker.

No começo de 1945, a Alemanha viveu uma onda de violência talvez sem precedentes na história da Europa. Só no mês de janeiro, cerca de 1 milhão de pessoas morreram, e outras centenas de milhares deram inicio a marchas penosas para fugir do inimigo que comprimia o Reich a partir de todos os fronts, numa diáspora que para muitos seria irreversível.
 Esse panorama aterrador é o ponto de partida do livro do historiador inglês Richard Bessel, que examina, com o suporte de impressionante repertório de fontes, a derrota total da Alemanha nazista e o despertar do povo alemão após a tragédia.
 Embora esta transição traumática do nazismo ao pacifismo germânico da segunda metade do século XX seja fundamental para entender a formação da nova ordem na Europa ocidental- caracterizada pelo desenvolvimento social e econômico e relativa paz, o periodo tem sido muito pouco estudado.
 A perplexidade ante o recrudescimento do militarismo alemão rumo à insanidade e a barbárie, a ânsia por compreender, ou explicar o tortuoso caminho dessa terra da qual brotaram tanto liminares da arte, literatura e filosofia quanto arquitetos de campanhas brutais de perseguição étnica têm seduzido, por razões óbvias, os historiadores.
 Mas também é importante dar atenção a outro lado da história, e examinar como os alemães saíram das trevas e construíram uma nova nação cujos pragmatismo politico e postura pacifista contribuíram para a proeminência econômica do país entre as potências europeias. Os relatos aqui constantes da violência brutal, da fome, do deslocamento e da destruição no ano de 1945 pretendem contribuir para a historiografia dessa "hora zero", mostrando como o trauma do fim da guerra incutiu nos alemães, além do horror a qualquer conflito, a ideia de que eles também era vítimas, tanto dos crimes nazistas quanto das cruéis forças de ocupação, percepção do passado e da culpa, o fim do nacionalismo e uma visão pragmática da vida.
                                                     
                                                         Trechos:
Uma grande parcela da população acostumou-se a viver apenas o momento presente. Faz render ao máximo qualquer vestígio de conforto que a vida lhes ofereça. Qualquer desculpa, que noutra situação pareceria trivial, é usada para justificar o ato de beber até a ultima garrafa de vinho guardada para comemorar a vitória, o fim do blecaute, a volta do marido ou do filho. Muita gente já convive com a ideia de acabar com a própria vida. Em toda parte é grande a procura por veneno, por uma pistola, por outros meios de pôr fim à vida. Suicídios, causados por depressão diante da catástrofe que certamente virá, ocorrem todo o dia. O assunto que predomina nas conversas familiares e entre parentes, amigos e conhecidos é como planejar a vida sob a ocupação inimiga. As pessoas separam o dinheiro economizado e procuram esconderijos seguros. Sobretudo os mais velhos se atormentam dia e noite com pensamentos sombrios, e preocupados, não conseguem dormir. Desconhecidos discutem abertamente em veículos de transportes públicos coisas que, poucas semanas atrás, ninguém teria ousado imaginar.
Embora nunca se venha a saber com exatidão o número de baixas, o total de alemães mortos na Segunda Guerra Mundial provavelmente chega perto de 6,5 milhões.
Essa foi a sombra negra sob o qual os sobreviventes da guerra de Hitler tiveram de recomeçar a vida, no meio das ruínas do país. A história da Alemanha depois do cataclismo de 1945 é, literalmente, uma história de vida depois da morte.
O Nazismo não só foi exposto diante do povo alemão como o fracasso catastrófico em seus próprios termos, mas se revelou também um ataque aos valores civilizados. Enquanto o povo alemão se beneficiou da aventura nazista, enquanto tirou proveito do racismo nazista e da pilhagem imperialista foi possível ignorar os crimes e que se apoiavam os privilégios "arianos" . No entanto, em 1945, os privilégios se evaporaram e os crimes ficaram expostos à vista de todos.

Editora: Companhia Das Letras.
Autor: Richard Bessel.
Gênero: Alemanha, Guerra e paz. história.
Ano: 2009.
Paginas: 483.

     

O Caminho da Liberdade.

  A Saga de heróis anônimos para resgatar aviadores aliados na segunda guerra.
  Em 1943, a aviação britânica e norte americana deu inicio a uma ofensiva aérea sobre o território europeu ocupado pelos nazistas com a finalidade de destruir pontos de apoio do exército alemão.  Atacados pelos caças inimigos, milhares de aviadores aliados viam-se obrigados a saltar de seus aparelhos, sendo mortos ou presos pela policia de Hitler.
 O Caminho da Liberdade narra a História verdadeira de um grupo de jovens que formou uma organização para resgatar aviadores e conduzi-los clandestinamente, através da França e da Espanha, à libertação. Constituída inicialmente na Bélgica, a Linha Cometa- como ficou conhecida a rede- logo se ampliou incorporando Franceses, Espanhóis e Bascos.
 A rota de fuga era traiçoeira e envolvia uma longa viagem de trem, de bicicleta e a pé que se estendia por centenas de quilômetros até os Pireneus, na fronteira espanhola. Com astúcia, habilidade e sobretudo muita coragem, os militantes da Linha Cometa arriscavam suas vidas para criar essa trilha oculta, pela qual conseguiram salvar cerca de 800 aviadores.
 Baseado em entrevistas com os sobreviventes e pesquisas em arquivos europeus, o jornalista Peter Eisner recompõe a heroica aventura desses amigos que escolheram agir inspirados por um intenso sentimento de liberdade e dignidade humana. O autor abandona aqui o tom por vezes impessoal da imprensa para tecer uma narrativa romanesca próxima à linguagem cinematográfica, em que a palavra dos personagens é o fio condutor da trama.
  Empolgante, envolvente, O Caminho da Liberdade prende a atenção do leitor não apenas pelo clima de mistério e suspense criado por Peter Eisner, mas principalmente pela vívida admiração que despertam essas pessoas-até então anônimas- que protagonizaram um episódio tão decisivo para a história da Segunda Guerra Mundial. Como escreveu o jornalista Phillip Knightley:
 "Junte um repórter investigativo como Peter Eisner a uma das operações mais fascinante ( embora desconhecida) da Segunda Guerra Mundial, e o resultado é um livro que você não consegue largar.

Autor: Peter Eisner.
Editora: J.Z.E. Jorge Zahar Editor.
Gênero: Fatos reais. 2.Guerra Mundial.
Paginas: 329.
Ano: 2005.

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A Ordem Negra

  A imagem do terceiro Reich na concepção e na imaginação populares, mesmo agora, já passado tanto tempo desde a Segunda Guerra Mundial, é a de um Estado totalitário compacto, organizado nos seus mais ínfimos detalhes, regido pela vontade de um homem, com uma única concepção política, a do Partido, e sustentados por monolíticas forças militares e policiais para assegurar-lhe a existência contra as ameaças externas e internas.
  A dolorosa realidade, entanto, não era esta. A obra cuja leitura será iniciada, apresenta-nos quadro bem diverso.
O aparelho estatal não fora pensado e examinado até as últimas ramificações para formar um sistema super racionalizado, ao contrário, predominava nele um tabuleiro de privilégios e as relações políticas constituíam um combate de todos contra todos, na luta desenfreada pelo poder.
  A  ambição insana demonstrava-se desde o mero tráfico de influências até o assassínio individual e coletivo.
 Nesse emaranhado de ambições, a personalidade de Hitler gerava temor e fanatismo, a magia de sua oratória e de seus inesperados impulsos encontravam fácil encanto num povo sofrido pelos acontecimentos de Versalhes e da crise econômica que abalava o mundo nos anos vinte e trinta.
  É paradoxal dizer-se que não foram a ordem e a autoridade que caracterizaram o Terceiro Reich mas a ausência de estruturas e a inexistência de uma verdadeira hierarquia. Porém, a arte de governar de Hitler deslocava constantemente o centro do poder politico pelos seus colaboradores, a delegação de poderes, a numerosos responsáveis por um mesmo problema, gerava a competição que enfraquecia a todos e impedia o surgimento de rivais.
  As grandes forças que atuavam no complexo político alemão escudavam-se no Estado de forma tradicional e no partido Nacional-Socialista. Mais tarde surgiriam a Ordem Negra que, não constituindo um Estado, não obstante interferia no seu Poder.
  O objetivo do presente livro é o estudo da interação dessas forças, o estilo é histórico e interpretativo pois que o autor relata, no tempo a evolução das estruturas paralelas que surgiam e se chocavam, as intrigas entre os respectivos líderes, as ideologias pelas quais se orientavam as acomodações de comportamento e as eliminações impiedosas quando os conflitos tornavam-se insanáveis. A leitura prende e fascina, o leitor comum e o erudito, apesar da densidade do texto. Numa época conturbada pela violência política, como a atual, pode convidar à reflexão porque apresenta subsídios relativos à impressionante distorção da psicologia humana normal quando submetida a ideologias e a regimes de discricionarismo absoluto.
  A grande contradição da Alemanha de então estava na organização do Partido Nacional-Socialista sobreposta ao organismo estatal, dai derivavam rivalidades entre os ministérios, do segundo, e os órgãos semelhantes, do primeiro, na segurança, na economia, nas relações exteriores. etc. Paulatinamente o Estado cedia lugar ao partido e este á toda-poderosa Schutzstaffel (SS) que, graças ao gênio organizador do seu chefe, Heinrich, Himmler, de simples esquadrão de proteção pessoal de Hitler, evoluiu de tal modo a interpenetrar na estrutura do Estado, fazendo sentir, dai, o seu halo invisível por toda a Alemanha.
  Assim por exemplo, a Polícia dos Ministérios do interior e da justiça, acabam submetidos à Direção-Geral da segurança do Reich, o Ministério da Economia á Direção Econômica SS, e o Ministério das Relações Exteriores vê-se diminuído pela ação da Seção Estrangeira do Partido, e pelo Comissariado do Reich para a Consolidação da Nação Alemã, Até mesmo a Wehrmacht, o exército tradicional, aceita lado a lado a Waffen SS, o exército do partido.
  As estruturas se chocam ao sabor das combinações de poder. Do mesmo modo as ideologias particulares. Hitler e Himmler propugnam a redistribuição das populações Europeias, particularmente as Eslavas e as judias, marcadas para a Sibéria e a Palestina. Goebbels prefere o extermínio dos judeus e os acontecimentos precipitam-se nesta última direção. Hitler assim decide, e Himmler transforma-se no mais feroz caçador de judeus.
  O livro SS, AORDEM NEGRA, é convincente na descrição e na interpretação dos episódios políticos que ocorreram o Terceiro Reich, da tomada do poder pelos nazistas à queda do império hitleriano em 1945. Nele ficam ressaltadas as intrigas que sempre lavraram entre os homens e os grupos, naquela conjuntura. No rastro dessas intrigas, as suas consequências: o não sistema político erigido como norma institucional, a violência como norma de conduta. 
                                            BIBLIOTECA DO EXÉRCITO EDITORA.      

Autor: Heinz Hohne.

Editora; Biblioteca do Exército.
Paginas: 307. Ano: 1970.
Gênero: Obra -Jornalistica. 

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Os Meninos da Guerra

Os Meninos da Guerra é uma história comovente por nos trazer detalhes da vida de hilel, o mais jovem dos sobreviventes ao holocausto nazista vivendo no Sul do Brasil.
E este livro nos comove justamente por suas nuanças da alegria e tristeza que alcança, pela ternura, os leitores mais sensíveis e, pela repulsa  à crueldade, àqueles mais resistentes.
Trata-se indubitavelmente, de um romance, porém, pretende-se também um livro para conscientização social, enfocando o barbarismo da guerra não só a armada, mas também a violência, o desabrigo, a fome e a indiferença dos cidadãos, que afeta substancialmente a criança, por sua dupla condição de indefesa ante a vilania, mas também pela pobreza intelectual, pelo egoismo e o descontrole emocional daqueles que deveriam protegê-las.
 Por outro lado, porém não será possível compreender as causas da guerra sem entender os fundamentos que mobilizam-na. Contar a história do holocausto objetivando simplesmente a compaixão para com os judeus, é reduzi-la e não entendê-la em seu universo, bem como suas raízes, onde está a origem de tamanha perseguição e o sentido desse permanente êxoto.
 As tragédias do mundo precisam ser conhecidas das pessoas comuns também didaticamente, pois a animosidade e o preconceito têm fundamentos equivocados, construídos com o objetivo egoísta de favorecer certas classes á custa da ruína de outras.
E, esse problema ainda hoje, permanece com outro viés. Nesse sentido, este livro amplia seu aspecto, adquirindo atribuição histórica, por apresentar uma antropologia das culturas envolvidas e chamar a atenção para o sentido das informações que objetivaram a perseguição do povo judeu, vindo a culminar com o nazismo e o consequente extermínio maciço dos perseguidos.
 Ao narrar a história verídica de Hilel Silberfarb, hoje um homem com intensa vida em prol de seus amigos,
Wilson Amaral resgata uma dívida que todos temos por, de certa forma, sermos também preconceituosos com nossos irmãos.
 Hilel, o Guilhermão, para os amigos, é um homem sem ranço e sem mágoas. Não tem tempo para chorar o passado pois vive do presente para ser feliz e promover a felicidade daqueles que o rodeiam.

 Samuel sobreviveu à guerra, resistiu ao tifo, contando apenas com os recursos do mato e os cuidados do filho Hilel conhecido hoje por Guilherme, então com sete anos. Mas não conseguiu salvar os outros três filhos. Por fim, morreu do coração junto a muitos recursos médicos em tempo de paz.
Quão sórdida é a vida para alguns e tão generosa para outros, para Samuel ela foi vil ao mesmo tempo que o contemplou com muita sorte. Prova é que ele sobreviveu com o filho a monstruosidades do nazismo através dos campos de extermínios e matos da Polônia.
 Esta história foi contada a Steven spielberg quando do apanhado que fez para A Lista de Schindler.

Autor: Wilson Amaral.
Editora: Hércules.
Gênero: Obra-Jornalistica.
Páginas: 238. Ano: 2003.

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Cães de Guerra.

“Cães de guerra", o terceiro livro escrito por Frederick Forsyth, teve como origem as observações in loco sobre a Guerra de Biafra, de 1967, um episódio decisivo na vida do autor. Encarregado de uma série de reportagens pela BBC de Londres, onde trabalhava, não aceitou as orientações recebidas, entrou em conflito com seus chefes e perdeu o emprego. Foi quando decidiu tentar a sorte como romancista. Os amigos procuraram dissuadi-lo da idéia, alegando que ganharia muito pouco. Forsyth, já milionário, recorda: "Eram bons conselhos, mas nunca tomei conhecimento dos bons conselhos que me deram pela vida afora".
Maduro, cabelos curtos e anelados começando a ficar grisalhos, Frederick Forsyth leva hoje o tipo de vida que parece a justa recompensa pelo esforço de criatividade que lhe exigiram seus três primeiros livros. Ele esclarece que, na verdade, para fazer fortuna, precisou passar apenas cerca de cem dias diante da máquina de escrever: trinta e cinco dias para "O dia do Chacal", de 1971 (já publicado pelo Círculo), e outros tantos, respectivamente, para "O dossiê Odessa" e "Cães de guerra". Mas os trabalhos de pesquisa levaram bem mais tempo.
Frederick Forsyth é inglês de Ashford, Kent, onde nasceu em agosto de 1938. Alistou-se na Real Força Aérea aos dezessete anos e foi, por algum tempo, o piloto mais jovem da aviação inglesa. Voltou-se, então, para o jornalismo e, depois dos primeiros passos na profissão, seguiu para Paris como correspondente da agência de notícias Reuters.
Essa experiência forneceu-lhe o material para o romancista incubado que havia em seu íntimo. Foram anos que lhe abarrotaram a mente com personagens, incidentes e detalhes técnicos, todos devidamente transportados para suas obras.
Depois do sucesso dos três primeiros livros, um por ano, Forsyth decidiu afastar-se da literatura. Pensou em comprar um avião, pilotá-lo pelo mundo e talvez regressar ao jornalismo. Entretanto, casou-se com uma irlandesa e foi morar em Alicante, na Espanha (entre outras coisas para escapar dos pesados impostos cobrados pelo governo inglês). Seu retiro durou o suficiente para que se entediasse: de 1974 a 1978. Foi quando saiu do refúgio para "trabalhar uma idéia", viajando para Moscou, Escandinávia e Estados Unidos. E o resultado da "idéia" foi seu quarto e primoroso livro: "A alternativa do Diabo" (publicado pelo Círculo). Depois vieram "Sem perdão", "O pastor", "História de Biafra", e o recente "O quarto protocolo", todos grandes sucessos pela escolha de temas, dedicação à pesquisa e pelo grande talento literário demonstrado.

Editora: Circulo do livro.
Gênero: Guerra.
Autor: Frederick Forsyth.
Págnas: 392. Ano: 1974.

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Desafio no Pacífico

Guadalcanal, 1942: ali transcorre a história incrível de cem dias que mudaram o sentido da Segunda Guerra Mundial. "Antes de terminarmos com eles, a língua japonêsa só será falado no inferno!" - gritava o Almirante Halsey. "Guadalcanal não é mais apenas o nome de uma ilha. É o nome do cemitério do Exército japonês" - reconheceu o Major-General Kawaguchi. O inferno, o cemitério e a emoção que foram Guadalcanal estão dolorosamente presentes neste brilhante livro de Robert Leckie. É um combate sangrento na encruzilhada da História. Lendo-o passamos das altas conferências sobre estratégia às carlingas dos aviões de caça a aos refúgios dos soldados na selva. Participamos da fadiga das equipes de terra, que procuram refazer uma pista de aeródromo com urgência, e seguimos um piloto japonês gravemente ferido, de volta à sua base, guiado quase que somente pela força de vontade. Testemunhamos todos os lances clangorosos e brutais, travados, dia e noite e por todos os lados, para se decidir qual dos dois - Estados Unidos ou Japão - fica com um desmantelado campo de pouso no meio de 2.500 milhas quadradas de desolação infestada de malária. No registro minucioso desta luta, constatamos algo da imensa dor e do infeliz desperdício da guerra em si.

Autor: Robert Leckie.
Editora: Globo.
Gênero: documentos e conspiração.
Págnas: 378. Ano: 1970.

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Os Panzers da Morte

Sven Hassel é um Dinamarquês que juntou-se em 1937, como voluntário, ao exército alemão que durante a II Guerra lutou em todas as frentes menos no Norte de África.Durante anos combateu no exército Alemão, viu as atrocidades que se cometeram nos campos de batalha, registrou a amizade que uniu os companheiros de luta e viveu os medos e angústias de um soldado Alemão que não fez a guerra, mas teve de a combater.tendo sido ferido oito vezes. e já escreveu 14 obras traduzidas em mais de 17 línguas e publicadas em mais de 50 países.
Este é livro mais conhecido e certamente o mais importante de Sven Hassel.
A história terrível e desesperada do 27º Regimento de Panzers de Hitler, um bando de criminosos recrutados na cadeia que enfrentou uma batalha mais sangrenta que a de Stalingrado, é uma das narrativas de guerra mais emocionantes escritas até hoje.
Bauer, condenado por tráfico no mercado negro; Pluto, ex- estivador, condenado por roubo de um caminhão carregado de farinha, forte e brigão; Moller, que cultivava convicções religiosas obsoletas; Porta, marginal de Berlim, magro, feio, palhaço, de uma valentia e agressividade incrível, motorista de tanque; Stege, estudante condenado por motivos políticos, participação em passeatas; Tiny, gigante simplório sempre criando briga, louco por mulheres; Eu, um desertor.......
Esses eram alguns dos homens do regimento Panzer, prisioneiros desonrados, que no fragor da querra  na campanha contra a Rússia, muitas vezes agem por si, tirando suas próprias desforras, desobedecendo ordens, ajudando num parto, salvando crianças presas num porão mostrando que em meio a toda aquela carnificina, incêndios e destruição total, ainda são criaturas humanas.
Esquecendo-se de tudo, a não ser a luta pela sobrevivência pessoal, aqueles homens contavam as horas de suas existência, viviam num mundo turbulento em que o zunir das balas, os gritos agoniados dos moribundos e as cópulas frenéticas e animalescas com as prisioneiras eram as únicas realidades.
Um livro forte, verdadeiro libelo contra a querra, os panzers da morte mostra o desperdício, a desvastação e crueldade inomináveis que foi o holocausto. " Eles tinham arrasado tudo o que era humano dentro de nós, só conheciamos a retaliação com armas assassinas que colocaram em nossas mãos, o nosso conhecimento de anatomia era digno de um médico, cegos sabiamos onde um tiro ou uma faca causariam maior dor. satanás sentava-se atrás de uma pedra...... e ria"                 Sven Hassel
Editora: Record.
Autor: Sven Hassel.
Gênero: Querra.
Págnas: 249.      Ano: 1959.

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No Bunker de Hitler


Nunca a queda de um império custou tantas vidas humanas, arrasou tantas cidades e destruiu tantas regiões quanto o fim do Terceiro Reich alemão. Mas essa catástrofe não foi apenas causada pelos inevitáveis horrores de uma derrota: a recusa de Adolf Hitler em se render até que o último homem caísse fez com que os meses finais do regime nazista fossem acompanhados de uma destruição de proporções inigualáveis. No Bunker de Hitler – o livro que inspirou o filme A Queda!, indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro de 2005– é um retrato arrebatador dessa derrocada.O historiador alemão Joachim Fest – considerado por muitos a maior autoridade alemã em história do Terceiro Reich – mostra em todos os seus arrepiantes detalhes a devastação resultante não apenas dos ataques aliados, mas também da determinação de Hitler de não deixar para seus inimigos nada além de uma terra arrasada. O autor revela como, nos últimos meses da guerra, os impulsos destruidores do Führer se exacerbaram no bunker de onde ele orquestrou a derradeira destruição da Alemanha.No Bunker de Hitler penetra no cotidiano do ditador naqueles dias dramáticos, mostrando os surtos de euforia irreal seguidos por momentos dedepressão profunda diante da derrota inevitável. O livro traz ainda perfis dos principais membros da entourage pessoal de Hitler, dominada pela competição e pela intriga até os instantes finais do Führer.O autor relembra em seu relato um acontecimento que significou, para uma geração inteira, nada menos do que o fim do mundo. Mais do que isso, ele nos revela os bastidores desse apocalipse, mostrando como o ocaso de um violento ditador arrastou consigo um país inteiro.

Autor: Joachim Fest.
Editora: Objetiva.
Gênero: Biografia Histórica.
Págnas: 245
Ano:2012.
O filme também é ótimo.(A Queda)

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O Afegão


Poderia um oficial britânico passar-se por um talibã? Frederick Forsyth leva os leitores amantes do suspense a uma história repleta de intriga e mistério. Em 'O afegão', os serviços de inteligência norte-americano e britânico descobrem que a Al-Qaeda está planejando um grande atentado. E, para impedir o ataque, as autoridades de segurança precisam saber quando, onde e como os terroristas vão agir. Numa tentativa de desvendar e parar a ação inimiga, as agências se unem para infiltrar o coronel britânico Mike Martin - um oficial veterano, nascido e criado no Iraque, com 25 anos de experiência em guerras, fisicamente parecido com os homens do Oriente Médio e fluente em árabe - na organização comandada por Osama Bin Laden. Martin foi escolhido para assumir o lugar do afegão Izmat Khan, alto oficial talibã e prisioneiro por cinco anos em Guantánamo. Para tanto, o britânico precisa, além de contar com a sorte, receber uma preparação excelente, porque, se falhar ainda que numa única palavra das preces diárias de um muçulmano, só Alá poderá ter piedade de sua alma. Em 'O afegão', Forsyth adentra o universo do terrorismo internacional e perpassa por alguns conflitos recentes, como a Guerra do Golfo, a Guerra da Bósnia, o 11 de setembro e a ofensiva americana contra o Afeganistão.

Autor:Frederick Forsyth.
Editora:Record.
Gênero:Ficção.
Págns:384. Ano:2007.