Pra começar, Agradeça aos COMUNISTAS por nos livrar de Hitler.
Vitorioso com a fulminante BLITZKRIEG que levou de roldão a Europa Ocidental, com exceção da Inglaterra, arrasada pelas bombas da Luftwaffe e humilhada pela retirada de Dunquerque, Adolf Hitler resolve partir para uma presa maior, a União Soviética. Foi uma das mais terríveis campanhas da história das guerras e Antony Beevor a revela com toda a dramaticidade em STALINGRADO. Os aspectos militares já foram bastante examinados, mas aqui o aspecto humano ganha uma dimensão inédita por conta do acesso do autor aos arquivos russos e alemães, com cartas pessoais e relatórios chocantes que dão uma nova visão desta trágica campanha.
Beevor mostra que a perda brutal da 27 milhões de vidas sofridas pela URSS não se deveu apenas á ação dos invasores alemães, mas ao desprezo de Josef Stalin por seu próprio povo, retratado nas ordens para cidades inteiras fossem queimadas para nada restarem aos alemães, deixando milhares e milhares de civis a míngua; nas proibições para que esses civis fossem evacuados; nas punições duras aos soldados ante a menor suspeita de covardia; na execução sumária de soldados feitos prisioneiros pelos alemães que conseguissem fugir, acusados de colaborar com o inimigo, com o inimigo.
Piolhos, disenteria e tifo causaram tantas baixas quanto o inimigo, com os soldados alimentando-se carniça, sopa de urtiga e de outras ervas.
Crianças que se esgueiravam em busca de migalhas nos armazéns onde os alemães guardavam o trigo confiscado, eram abatidas a tiros.
A campanha de Stalingrado foi o desdobramento da Operação Barbarossa, contra a URSS, iniciando-se no final do verão de 1942 e seguindo até fevereiro de 1943 quando os alemães, cercados pelos russos e fustigados pelo inverno, se renderam. A vitória esteve várias vezes ao alcance dos alemães, mas lhes fugiu pela tenacidade do povo russo.
Sobreviventes alemães continuam vendo a Batalha de Stalingrado como uma armadilha soviética para dentro da qual haviam sido atraídos por retiradas deliberadas. A obra de Beevor reforça um aspecto indiscutível: "A batalha de Stalingrado continua sendo um tema ideologicamente carregado e simbologicamente importante, cuja última palavra não será ouvida por muitos anos."
"Não se pode", observou o poeta Tiuchev, "entender a Rússia com a mente" Nem compreender de modo adequado a Batalha de Stalingrado com uma pesquisa padrão. Um estudo apenas militar dessa luta titânica não transmite a realidade no campo, da mesma forma que os mapas de Hitler na Wolsschanze de Rastenburg só o isolaram num mundo de fantasia, muito distante do sofrimento dos seus soldados.
A intenção deste livro é mostrar, valendo-se de uma narrativa histórica convencional, a experiência das tropas dos dois lados, usando uma ampla gama de material novo, sobretudo arquivos da Rússia. A variedade de fontes é importante para transmitir a natureza sem precedentes do combate e seus efeitos nos que nele foram colhidos com pouca esperança de escapar.
*****
Autor: Antony Beevor.
Editora; Record.
Gênero;2 Guerra Mundial.
Ano; 2005.
Paginas: 558.
Vitorioso com a fulminante BLITZKRIEG que levou de roldão a Europa Ocidental, com exceção da Inglaterra, arrasada pelas bombas da Luftwaffe e humilhada pela retirada de Dunquerque, Adolf Hitler resolve partir para uma presa maior, a União Soviética. Foi uma das mais terríveis campanhas da história das guerras e Antony Beevor a revela com toda a dramaticidade em STALINGRADO. Os aspectos militares já foram bastante examinados, mas aqui o aspecto humano ganha uma dimensão inédita por conta do acesso do autor aos arquivos russos e alemães, com cartas pessoais e relatórios chocantes que dão uma nova visão desta trágica campanha.
Beevor mostra que a perda brutal da 27 milhões de vidas sofridas pela URSS não se deveu apenas á ação dos invasores alemães, mas ao desprezo de Josef Stalin por seu próprio povo, retratado nas ordens para cidades inteiras fossem queimadas para nada restarem aos alemães, deixando milhares e milhares de civis a míngua; nas proibições para que esses civis fossem evacuados; nas punições duras aos soldados ante a menor suspeita de covardia; na execução sumária de soldados feitos prisioneiros pelos alemães que conseguissem fugir, acusados de colaborar com o inimigo, com o inimigo.
Piolhos, disenteria e tifo causaram tantas baixas quanto o inimigo, com os soldados alimentando-se carniça, sopa de urtiga e de outras ervas.
Crianças que se esgueiravam em busca de migalhas nos armazéns onde os alemães guardavam o trigo confiscado, eram abatidas a tiros.
A campanha de Stalingrado foi o desdobramento da Operação Barbarossa, contra a URSS, iniciando-se no final do verão de 1942 e seguindo até fevereiro de 1943 quando os alemães, cercados pelos russos e fustigados pelo inverno, se renderam. A vitória esteve várias vezes ao alcance dos alemães, mas lhes fugiu pela tenacidade do povo russo.
Sobreviventes alemães continuam vendo a Batalha de Stalingrado como uma armadilha soviética para dentro da qual haviam sido atraídos por retiradas deliberadas. A obra de Beevor reforça um aspecto indiscutível: "A batalha de Stalingrado continua sendo um tema ideologicamente carregado e simbologicamente importante, cuja última palavra não será ouvida por muitos anos."
"Não se pode", observou o poeta Tiuchev, "entender a Rússia com a mente" Nem compreender de modo adequado a Batalha de Stalingrado com uma pesquisa padrão. Um estudo apenas militar dessa luta titânica não transmite a realidade no campo, da mesma forma que os mapas de Hitler na Wolsschanze de Rastenburg só o isolaram num mundo de fantasia, muito distante do sofrimento dos seus soldados.
A intenção deste livro é mostrar, valendo-se de uma narrativa histórica convencional, a experiência das tropas dos dois lados, usando uma ampla gama de material novo, sobretudo arquivos da Rússia. A variedade de fontes é importante para transmitir a natureza sem precedentes do combate e seus efeitos nos que nele foram colhidos com pouca esperança de escapar.
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Autor: Antony Beevor.
Editora; Record.
Gênero;2 Guerra Mundial.
Ano; 2005.
Paginas: 558.
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