"Quem não interpreta o que lê, além de fazer alarde daquilo que julga ter assimilado, não entende o que diz."
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The Sandman

Sandman é uma história em quadrinhos, fenômeno mundial de público e da crítica que consolidou o gênero de quadrinhos adulto para o selo Vertigo, é considerada como a grande demostração da habilidade única que Gaiman tem para criar tramas sutis e envolventes.
" Com um punhado de areia eu mostrarei o terror a vocês"
Com essas palavras foi iniciada uma das mais premiadas séries em quadrinhos já escrita...... Sandman (homem de areia, em inglês) vem do folclore americano de contos infantis sobre uma figura mitológica que sopra areia nos olhos das crianças para que elas durmam (no Brasil é conhecido como João pestana), entretanto o nome em si é também o de vários personagens fícticios como Morpheus, Oneiros, Oniromante, Dream,  é o governante do sonhar, ele é um pérpetuo. Os Perpétuos (The Endless) são manifestações antropomórficas de aspectos comuns a todos os seres vivos. Destino, Desencarnação(ou morte , Devaneio (ou sonho), Destruição, Desejo, Desespero e Delírio. Os 7 perpétuos não são deuses mas sim entidades além, responsáveis pelo ordenamento da realidade conhecida, só sua existência mantém coeso o universo físicode todos os seres vivos. São eles:

Groo, o Errante.


Groo, o errante é uma obra criada,e desenhada por Sergio Aragonés com diálogos e roteiro de Mark Evanier. O título cômico recebe o nome do personagem principal, que tem como características mais marcantes a habilidade lendária com as espadas, a ausência total de raciocínio lógico, a notória e merecida fama de azarão em navios e um apetite sem fim por queijo derretido. Fez sua estréia no título "A Morte de Groo", onde foram apresentadas as personagens Bardo - que não oficialmente narra as aventuras - e Sábio - considerado por Groo um verdadeiro pai e detentor das respostas de todos os problemas -, constantes em suas desventuras e, criando um contexto para as suas aventuras posteriores.
Seu grande bordão "Groo faz o que Groo faz melhor!" é uma referência satírica direta as excepcionais habilidades de combate de Wolverine dos x-men. Sem contar com a frase: "Terei errado?" - Quando até ele sente que fez algo errado. A peleja - termo comum em suas histórias - é a única coisa capaz de fazer Groo deixar para trás um monte de queijo derretido, mas não sem antes levar um bom bocado consigo. Sua maestria em combate foi posta a prova algumas vezes, na mais memorável participou sozinho de combate contra um exército inteiro, acuado sobre uma pilha de inimigos caídos, enquanto os demais suplicavam para que ele parasse de lutar pois já era noite e estavam todos cansados.
Sua ingenuidade autêntica aliada a uma burrice infinita sempre acaba por gerar situações inesperadas e hilariantes. Seus inimigos mais espertos tentam explorar seus talentos com as espadas mas de uma forma ou outra são surpreendidos por um ato de estupidez calamitosa, que acaba por levar por terra todos os planos.
O personagem é uma sátira inspirada em Conan, criação máxima do escritor Robert E. Howard. Seu criador soube dosar com maestria a inserção de novas personagens e a reutilização das já existentes, garantindo assim uma maior profundidade em enredos mais verossímeis e divertidos, ambientados em um clima de vale-tudo capa e espada medieval com dragões, bruxos, samurais, cavaleiros, piratas e diversos monarcas absolutos.



Outra curiosidade é como o título do personagem caiu bem para a tradução o português. “Wanderer” seria algo como alguém que vaga sem direção certa, com um segundo sentido de alguém que viaja em um pensamento também sem linha mental definida. Em português o “Errante” traduz perfeitamente a idéia de vagar sem rumo definido, o termo tem uma ligação em si com romances de cavalaria e, mais do que tudo, gera um outro sentido de “alguém que erra”. Algo que cai como uma luva para um personagem que tudo que faz dá errado. 

Editora: Abril.
Gênero: Humor.
Escritor: Robert E. Howard.
Desenhista: Sergio Aragonés.
Ano: 1990 à 1992. com 27 edições.

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Chiclete com Banana



Chiclete com Banana era o título de uma revista que na década de 80 reunia uma nova geração de cartunistas Brasileiros, como Angeli, Glauco, Laerte, Luiz Gê, publicada pela Circo Editora.
"Underground" era o termo - por falta de equivalentes em portuquês usada para definir o estilo HQ reunidas pela revista.
Lançado no mercado Brasileiro também trazia quadrinhos de autores estrangeiros, como Robert Grumb, autor de " O gato Fritz" ( Fritz the gats) , até então desconhecido no País.

Se Angeli não tivesse dado certo como cartunista, talves tivesse sido um ótimo públicitário. Chiclete com Banana é provavelmente o título mais adequado já criado por um cartunista.
Angeli, Glauco, Laerte, Gê produziram uma quantidade de tiras, cujos personagens central é nada mais nada menos que o comportamento. Chiclete com Banana é algo bizarro, visceral e tipicamente humano. tente comer chiclete com banana  para entender o significado, e só isso já demonstra o quão adequado é o nome. E foi grande o número de tipos que nasceram nela: Wood & Stock; dois velhos hippies que deixaram seus neurônios na década de 60; Bob Cuspe, o anárquico punk que cuspiu nas piores criaturas de nossa geração; Rê Bordosa, a junkie mais louca dos anos 80; Rala Ricota, o guru comedor de discípulas; Mara Tara, a ninfomaníaca mais pervertida dos quadrinhos; Os Skrotinhos, a versão underground dos sobrinhos do capitão; Meia Oito e Nanico, os dois revolucionários ultrapassados dos anos da ditadura; Walter Ego, Osgarmo, Luke e Tantra, o próprio autor em suas crises criativas, e um sem- números de tiras que simplesmente descreviam tipos diversos. Os personagens da Chiclete não precisam ter nenhuma ligação entre si e suas histórias podem ser totalmente independentes durante muitos anos isso fez da chiclete uma tira original e atraente,

Das tiras de jornais, a chiclete com banana virou revista nos anos 1980 e seus personagens passaram a viver aventuras em histórias maiores. Mesmo com o crecimento editorial da chiclete a revista parou sua publicação ( entre 1985 à 1990 a série original teve 24 números) o publico fiel que fez com que a revista se torna-se um sucesso ( as tribos urbanas das grandes cidades) inviabilizou a possibilidade da revista funcionar como um fanzine, mesmo a característica que a tornava diferente de todas outras publicações que a fez ganhar vida própria não suportou a evidente instabilidade financeira do país na época.
Outro motivo diz respeito pessoais e profissionais do editor Angeli, querendo mudar de ares, fazer outra coisa menos cansativa e ingrata.( A chiclete com banana começou com uma tiragem inicial de 20.000 exemplares e chegou a atingir 110.000. )
Arnaldo Angeli Filho em 2006 produziu e lançou um longa de animação chamado Sexo, Orégano e Rock'n Roll, com o diretor Otto Guerra.
Publicou também: República vou ver(1983), Bob cuspe e outro inúteis(1984),
Rê Bordosa (1984), Rê Bordosa, a morte da Porraloca(1987), FHC, biografia não altorizada(1995), Os Skrotinhos-a fome e a vontade de comer, Sobras Completas.
Co-Autoria com Laerte e Glauco dos álbuns; Los 3 Amigos 1 (1992). Los 3 Amigos 2 (1994). entre outros.

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O Mito em Quadrinhos

Quando Ernesto Che Guevara foi morto nas selvas da bolívia, em outubro de 1967, ele já havia se transformado em um mito, não só na América Latina, mas no mundo inteiro. E com o passar do tempo esse mito só cresceu.
Nesta história em quadrinhos você vai conhecer todos os lados da vida do homem que deu origem ao mito:
Che, o guerreiro incansável na luta contra o poder dominante: Che, o revolucionário que prega a criação de um "Homem Novo", despido do ego e profundamente solidário com o próximo: Che, o herói romantico que abandona uma revolução bem sucedida para continuar sua luta contra a opressão e a tirania em outros países.
Nascido na Argentina, Guevara deixou para trás a formação em medicina e seu próprio país para viajar de moto pela América  Latina e deparar com a injustiça social nos lugares por onde passou.
Anos mais tarde, conheceria Fidel Castro, na época um exilado cubano que liderava o movimento contra a ditadura de Fulgencio Batista em Cuba.

Nas fileiras do exército guerrilheiro de Fidel, o carisma e a bravura de Che rapidamente o tornaram a figura mais popular entre os homens que marcharam para Havana. Depois da tomada do poder assumiu o segundo posto da hierarquia do governo revolucionário, mas sua natureza inquieta o levou a deixar Cuba com o propósito de disseminar a revolução em outros países.
Após breve e mal sucedida incursão pelo Gongo. Guevara partiu para o a Bolívia em 1967, onde foi capturado e executado pelo exército boliviano em uma emboscada armada com o auxílio da CIA, seu corpo, crivado de balas, foi fotografado e filmado.
As imagens correram o mundo inteiro. Nascia ai a lenda do maior revolucionário que a conturbada década de 60 produziu e que Kim Yong-Hwe retrata aqui com maestria e admiração.

"Muitos me chamarão de aventureiro, e o sou, mas de um tipo diferente. Sou daqueles que põem a vida em jogo para demostrar as próprias verdades"

Esta história em quadrinhos retrata a vida e a luta de Che Guevara, o mais famoso dos revolucionários modernos.
Figura emblemática de diversas gerações a partir da década de 70. Che se tornou um ícone da cultura pop, mas poucos conhecem a história por trás do mito, da infância na Argentina à captura e execução em La Higuera, na Bolívia, os eventos que levaram Che Guevara a se transformar no símbolo que é hoje, são recontados aqui nos quadrinhos de Kim Yong-Hwe, um dos grandes talentos coreanos da HQ.

"Sejam sempre capazes de sentir profundamente qualquer injustiça praticada contra qualquer pessoa em qualquer parte do mundo. Essa é a qualidade mais linda de um revolucionário"
                                                 Che Guevara

Camelot 3000

Após milênios adormecidos, o Rei Arthur e seus cavaleiros ressurgem no ano 3000 para salvar a humanidade de um terrível ataque de alienígenas, que promete dizimar a vida na Terra.
Neste cenário, despertam também as paixões e intrigas do passado, colocando em risco o sucesso da missão que, por si só, já era difícil.
Camelot 3000 é daqueles gibis pra ler de "uma tacada só". O roteiro de Mike Barr é ágil e, apesar do ritmo frenético, consegue envolver o leitor. A visão do futuro do autor é cada dia mais atual.Mesmo com certas questões estéticas tendo se tornado ultrapassadas, a forma como Barr trabalha o ambiente político e a metalinguagem da salvação da humanidade é atemporal. O seu ano 3000 fica mais perto ainda quando temas como transexualidade, lesbianismo, adultério, ocultismo, entre outros, que nos anos 1980 causavam tanta polêmica, hoje são assuntos banalizados pelo cotidiano. A ótima introdução do roteirista é um importante complemento ao álbum, explicando, além do processo de desenvolvimento, um pouco dos motivos que tornaram Camelot 3000 um marco na história dos quadrinhos. A arte de Brian Bolland também é fundamental para o sucesso da HQ. As expressões faciais no seu traço são absurdamente convincentes, empurrando o leitor para dentro do universo fantástico da Nova Camelot. Não é à toa que este inglês é considerado um dos maiores quadrinhistas de todos os tempos.

Revista Bundas

" Quem coloca a bunda em caras não coloca a cara na Bundas" Ziraldo

Fundar um veiculo alternativo nos dias de hoje não tem o mesmo significado que teria durante o regime militar, porém se pensarmos na questão do "alternativo" pode se supor que os atuais projetos neste campo represetam uma opção de idéias não só política governamental, mas também à grande mídia.
Em junho de 1999 surgiu no Brasil um novo veículo considerado alternativo, Ziraldo e alguns amigos que fundaram o famoso Pasquim se unem em torno de um novo projeto a Revista Bundas.

Em uma entrevista ao Portal  Educacional, Ziraldo na época do lançamento da revista, dizia que Bundas estava surgindo para dizer que o país precisa dar mais valor a cabeça do que as nádegas, dai o nome irônico.

Ziraldo afirmava que o povo estava esvaziado pelo consumismo, pelo imediatismo e que ninquêm queria mais criar ou escolher o próprio caminho, mas sim comprar tudo pronto. Este seria o principal motivo pelo qual Bundas nascia: para ser alternativo ao que estava sendo "jogado" pela mídia para seus receptores, mas com proposta de fazer isso com humor.
O Cartunista João Spacca diz o que a revista pretendia no seu lançamento;
" Bundas, não se iludam com o nome, tem um compromisso ético com seus leitores, não puro entretenimento, disto se oculpam os mercadores de TCHANS, Bundas usa a estratégia clássica dos humoritas: avacalha para dizer coisas sérias"


Spacca mostra que no primeiro momento o nome da revista causou certa descofiança, mas a principal aposta seria no que Bundas teria para dizer, ela surgiu pretendendo mostrar o que a mídia oficial não mostra.
O principal objetivo de Bundas era se opor à revista Caras, que segundo Spacca é uma mídia que só mostra o faz-de-conta dos famosos, a revista chegou a criar até o Castelo de Bundas , satirizando o castelo onde a revista Caras recebe famosos para temporadas.
Bundas acusa: Caras é a mídia oficial e mentirosa, o Brasil faz de conta das novelas da Clobo, o ópio que embebeda o povo e o impede de tomar consiência em si mesmo, ora Caras não faz jornalismo, Caras apenas mostra como vivem os famosos ou como os famosos querem que a gente pense que eles vivem, a burquesia brega de Caras, tomando sol e uisque à beira da píscina, é denunciada pela esquerda chique de Bundas, que faz o mesmo numa esquina chique de Ipanema, a simples existência de Bundas já é em si uma denúncia, com ou sem glútios na capa. Mostrar descaradamente que a nata do humor gráfico nacional, para poder publicar o que sabe fazer, foi obrigada a criar seu próprio veículo, uma verdadeira ilha de Bundas num mar de Caras.
Bundas era semanal, e a principal maneira de expor suas idéias era através do humor, era dividida em artigos, colunas, seções fixas com comentários, entre  elas Bundalelê que trazia pequenos comentários humorísticos sobre os assuntos em debate na mídia, Bundão da semana que elegia um destaque, Covil do Jaquar onde o próprio Jaquar escrevia comentários. Pixels com frases e trechos humorísticos, Salão de anedotas, piadas, abunda da semana, bunda lê livros, entre outras.
O leitor tinha espaço na revista, na seção cara bundas, onde a revista publicava as cartas e e-mails pelos leitores e fazia comentários, Bundas faz jornalismo, mas seu gênero preferencial é o opinativo.
Entre os cartunistas além de Ziraldo, havia, Amorim,Zeca Malvado, Redi, Guidacci, Ricardo Leite, Mariana, Nani, Miguel Paiva, Luiz Pimentel entre outros.
O FIM: A revista durou pouco mais de 70 edições e foi vinculada por cerca de um ano e meio, até que a editora Pererê Ltda, que a publicava, se afundou em dívidas.
Ziraldo fala sobre o nome tão polêmico da revista, que foi um ponto crucial para o fim de Bundas.(apesar que tem na mídia nome mais polêmico como Casseta) além da falha na administração e da falta de anunciantes para manter a revista circulando. "O nome Bundas não foi assimilado pelo mercado publicitário, em um ano e meio de Bundas eu não consequi nenhum anúncio pago ... NENHUM!
Mais uma publicação da chamada "imprensa alternativa" Brasileira está fechando as portas, infelizmente para todos aqueles que sonham em construir um sistema de comunicação democrático e pluralista no Brasil.
"A grande mídia é socorrida na hora do aperto, já os pequenos e médios...Bem... Eles são pequenos e médios e seu destino têm sido o limbo ou a incorporação pelos grandes..."

Fonte: NUCOM. Núcleo de comunicação                 
Por: Maria Gabriela Praxedes, Nilson Zanchetta, Tiago Valentim.

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Revista Caros Amigos

 Caros Amigos é uma revista Brasileira de informação de periodicidade mensal, a revista é publicada desde abril de 1997 pela Editora Casa Amarela.
A fórmula editorial da revista consiste na publicação de uma entrevista com alguma personalidade de destaque, com conteúdo mais denso, diverso artigos de pensadores representativos da esquerda, reportagens investigativas, ensaio fotográficos, charges e ilustrações, além da opinião de leitores.
Quando a primeira edição da revista Caros Amigos chegou às bancas, poucos acreditavam que a publicação pudesse ter vida longa, formato tablóide maior do que o convecional utilizado pelas revistas normais, capa todo em preto e branco, com tiragem inicial de 50 mil exemplares, já anunciava no editorial deste primeiro número, seus princípios de atuação que procuravam justamente regatar a prática de um jornalismo independente e alternativo ao discurso único neoliberal consagrado.



 " Caros Amigos é uma reunião de inteligências e talentos que andam espalhados por diversos meios de comunicação, alguns, e outros que estão marginalizados por todos os meios, tem esses talentos e inteligências de diferentes modos de pensar e interpretar a realidade, mas se identificando todos num ponto crucial:  a ética, preocupação primeira desta revista mensal que vai para as bancas do país inteiro com a intenção de discutir o Brasil e o mundo de hoje de um ponto de vista original, pelo menos no que se referre ao atual mercado de publicações. Outros muitos talentos e inteligências Brasileiros e estrangeiros irão desfilar nas páginas futuras de Caros Amigos a lista é enorme e cada um, como nós, tem absoluta certeza da existência de um largo contigente de leitores, ávidos por uma publicação que lide com idéias, que seja crítica, que leve a reflexão e que traga tudo isso sem ser aborrecida, mas com bom humor, sem academicismo, mas com linquagem cotidiana sem partidarismo, sem voluntarismo, na verdade sem nenhum ismo.."

A edição de estréia vendeu 20.800 exemplares, número bastante significativo para os padrões nacionais. O núcleo inicial que acreditou e dicidiu investir na publicação, era formado pelos jornalistas Sérgio de Souza conhecido como Serjão (morreu aos 73 anos, nasceu em 1934 e faleceu em março de 2008),
 Eduardo Suplicy(Senador),  Emir Sader( Sociólogo), Ana Miranda ( poetisa e escritora), Fidel Castro ( Lider Cubano), Frei Beto (Teólogo e Escritor), Ferréz (Escritor da Periferia), Guto Lacaz ( ilustrador), João Pedro Stédile ( Economista e Militante do MST) Joel Rufino ( Historiador) entre outros.
Que investem na proposta e na publicação sem remuneração fixa, em seus quatro primeiros anos de vida, a revista creceu, conheceu sérias dificuldades financeiras, quase fechou suas portas, voltou a respirar encontrou seu espaço e,


atualmente, salvo acidentes de percurso e as obras do imponderável é possível afirmar que se trata de um projeto jornalístico e empresarial estabilizado e consolidado, em primeiro lugar há um desejo manifesto de nadar contra a corrente e fugir di discurso do mercado e de seus valores, apresentando outros temas, personagens, pautas e enfoques ao debate público.

Prêmios Vladimir Herzog.
2005. Melhor reportagem de revista ; Porque? de Marina Amaral e João Barros (Menção Honrosa).
2005. Melhor reportagem de revista ; Os trabalhos e os dias, de Natália Viana ( Menção Honrosa). 2007. Melhor reportagem de revista; Um dia de vizita, João de Barros ( menção honrosa)

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Mad


Mad é uma revista Norte-Americana fundada pelo empresário William Gaines e pelo editor Harley Kurtzman em 1952.
Desde o início Mad era como nenhuma outra revista. Trazia um humor tosco, irreverente, agressivo mas quase sempre inteligente, carregado de sátira e crítica social, e impecavelmente bem desenhado, trazendo sátira de todos os aspctos da cultura popular americana.

A arte sempre foi uma preocupação maior na revista, entupia-se os fundos de piadas visuais, gags e referências ocultas. Kurtzman teve papel central nessa primeira etapa, alem de escrever grande parte do material, criou o logo da revista, deu vida a Alfred Neuman ( aguele carinha debochado de nerd) e desenhou as capas.


Apesar da proposta inovadora, Mad não foi sucesso instantâneo, mas Gaines gostou e deu folego ( ou seja, dinheiro) para construir uma base de leitores- o que aconteceu em alguns meses. A sátira cresceu e estendeu-se, já na metade dos anos 50 não fazia sátiras apenas em cima das outras revistas mas de qualquer aspecto da cultura pop americana, política, filmes etc....
Junho de 1955 no número 24, Gaines transformou o livro bimestral em uma revista; em parte por um desejo pessoal, mas também por ações da Comics Code Authority, orgão regulador que pressionava Mad por seu estilo subversivo.
No ano sequinte Gaines fechou a EC Comics e manteve apenas o seu título principal, problemas de dinheiro e distribuiçao agravaram a publicação e Kurtzman decidiu saltar do barco, depois de perder na justiça a disputa pela posse do título, Kurtzman vagou em projetos de vida curta, até a acertar a mão na escrachada " National Lampoon" e na bem sucedida tira "Little Aniee Fanny"
publicada na Playboy de 1962 à 1988.


Com a saida do antigo editor Alfeldstein assumiu o cargo e lá permaneceu até 1984. Feldstein fez de Mad um sucesso total de vendas, sustendando-se quase interamente da venda em bancas. Não teve publicidade na maior parte de sua vida, desde que assumiu o formato de revista, em 1955 até 2001 não se liam anúncios nas suas páginas.
A revista Mad chegou a ser proibida pelo governo e investigada pelo FBI, mais de uma vez, por incitar a delinquência juvenil.


Ao menos na premissa de humor, Mad foi uma espécie de pré- hustler, nada nela era sagrada ou tabu " Não leve nada sério demais ou vocês querem que as pessoas acreditem em coisas quotidianas como a Arca de Noé e serpentes falantes com maças na boca".
Mad não era lida pelo público usual- adolecentes- mas por adultos, entre os leitores, nomes fundamentas para a história dos quadrinhos como Robert Grumb.


Em 1961 Gaines vendeu a revista, seu contador lhe disse que não poderia pagar os impostos sobre o dinheiro que a revista estava arrecadando, hoje é propriedade da Time Warner. apesar da venda Gaines continuou à frente das operações da revista até 1992 ano de sua morte, em parte pelo bom relacionamento que mantinha com colaboradores como Al Jaffeer, Dave Berg, Don Martin, Sergio Aragones entre outros das antigas que ficaram na revista por décadas. Sua vida esta ganhando uma cinebiografia com o título provisório de Mad Man.

No Brasil Mad começou a ser publicada no ínicio dos anos 70 pela editora Vecchi, desde já com Otacílio D' Assunção o "Ota", no editorial , Mad atingiu o apogeu no final daquela década quando começou a produzir matérias nacional e mesclá-lo as traduções e adptações.
Nos anos 80 na sequência da falência da Vecchi passou para Record,  depois devido a baixa venda a revista parou de ser publicada, mas poucos meses depois foi editada pela Mythos, e agora está sendo publicada pelas mãos da editora Panini.



No Brasil:
* 1974-1983( Vecchi)
* 1984-2000( Record)
* 2000-2006( Mythos)
* 2008(Panini)
 A Panini  aparentemente detentora não só dos títulos de super heróis da DC Comics, como também de tudo que a editora americana publica lá fora.

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Akira


A história desenrola-se em Neo-Tóquio, uma cidade de Tóquio reconstruida (sobre o que é hoje a Baía de Tóquio) depois de ter sido destruída na III Guerra Mundial. Segundo vem depois a constar, a III Guerra Mundial foi (supostamente) iniciada pelo crescimento incontrolável de poderes sobrenaturais de uma criança chamada Akira, que foi registrado num programa governamental secreto de pesquisa. No tempo real do enredo, 30 anos depois da III Guerra Mundial, uma gang de motoqueiros liderados por Kaneda é envolvido numa luta com a gang rival, quando o membro mais novo do gang de Kaneda, Tetsuo, colide numa auto-estrada com uma criança misteriosa que havia escapado do programa de investigação psíquica secreta do governo. Tetsuo é depois levado pelos responsáveis deste programa governamental juntamente com a criança, e é sujeito às mais diversas experiências. O incidente com a criança misteriosa bem como os testes realizados acordaram os poderes latentes de Tetsuo, com desastrosas consequências tanto a nível pessoal, bem como conflitos interpessoais com os seus amigos, e a nível mais amplo, uma vez que Neo-Tóquio é novamente ameaçada por outro incidente.
Akira, gira em torno da ideia básica de indivíduos com poderes sobre-humanos, em particular as capacidades psicocinéticas, mas grande parte da história não se concentra apenas nestas capacidades, mas sobretudo nas pessoas envolvidas, problemas sociais e políticos. O comentário social não é particularmente profundo ou filosófico, mas sobretudo um olhar crítico sobre a alienação da juventude, a ineficiência e corrupção do governo, e um sistema militarizado, desagradado com os compromissos da sociedade moderna.
No manga, Akira é um personagem que surge apenas no segundo volume, enquanto que no filme, Akira foi dissecado para pesquisa e os seus restos mortais permanecem armazenados em crioconservação por baixo do Estádio Olímpico de Tóquio. Esta mudança tem um efeito dramático sobre a história. No manga, Akira e Tetsuo aliam-se e depois Akira destrói Neo-Tóquio. O manga tem muitas diferenças em relação ao filme, mas o resultado é o mesmo em ambos.



Personagens

  • Shotaro Kaneda (Kaneda Shōtarō) — O protagonista. Kaneda é um punk que modificou a sua moto para as suas próprias características. Kaneda é igualmente o líder de uma gang de motos. Com o objectivo de salvar Kei, ele junta-se a um grupo de guerrilha antigovernamental que tenta encontrar o misterioso akira.
  • Tetsuo Shima (Shima Tetsuo) — É o melhor amigo de Kaneda desde a escola primária. Sua relação com Kaneda é uma mistura de admiração com inveja. Tetsuo gostaria de um dia liderar a gangue. Depois de um acidente traumático ele transforma-se no arquiinimigo de Kaneda.
  • Kei conhecida como Kay — É uma mulher que Kaneda conhece no seu percurso para encontrar Tetsuo. Ela é um membro de uma organização antigovernamental na qual Ryo e Nezu estão envolvidos.
  • Masaru, Kiyoko and Takashi — Os três "números", Takashi é o causador de todo do início do enredo. Kiyoko é o Número 25, Takashi é o Número 26, e Masaru é o Número 27.
  • Akira — O mais poderoso dentre as crianças psíquicas. Ele foi o causador da III Guerra Mundial. Ele é o Número 28.
  • Nezu — É um infiltrado no Governo. Ele é o responsável pelo rapto de Takashi, no entanto ele não rapta pessoalmente Takashi.
  • Kai — É um membro da gang "capsules", que costuma seguir Kaneda sem se envolver demansiadamente com o que quer que seja.
  • Coronel — É o diretor do projeto Akira.


 Akira em Japonês: アキラ) é um dos mais populares mangás  japoneses de todos os tempos. Criado por Katsuhiro Otomo, é considerado um clássico do estilo cyberpunk. Acabou dando origem a um longa-metragem de animação com o mesmo nome, lançada em 1988, que também tem roteiro e arte de Katsuhiro Otomo.
Fonte: Wikipédia.