Mad é uma revista Norte-Americana fundada pelo empresário William Gaines e pelo editor Harley Kurtzman em 1952.
Desde o início Mad era como nenhuma outra revista. Trazia um humor tosco, irreverente, agressivo mas quase sempre inteligente, carregado de sátira e crítica social, e impecavelmente bem desenhado, trazendo sátira de todos os aspctos da cultura popular americana.
A arte sempre foi uma preocupação maior na revista, entupia-se os fundos de piadas visuais, gags e referências ocultas. Kurtzman teve papel central nessa primeira etapa, alem de escrever grande parte do material, criou o logo da revista, deu vida a Alfred Neuman ( aguele carinha debochado de nerd) e desenhou as capas.
Apesar da proposta inovadora, Mad não foi sucesso instantâneo, mas Gaines gostou e deu folego ( ou seja, dinheiro) para construir uma base de leitores- o que aconteceu em alguns meses. A sátira cresceu e estendeu-se, já na metade dos anos 50 não fazia sátiras apenas em cima das outras revistas mas de qualquer aspecto da cultura pop americana, política, filmes etc....
Junho de 1955 no número 24, Gaines transformou o livro bimestral em uma revista; em parte por um desejo pessoal, mas também por ações da Comics Code Authority, orgão regulador que pressionava Mad por seu estilo subversivo.
No ano sequinte Gaines fechou a EC Comics e manteve apenas o seu título principal, problemas de dinheiro e distribuiçao agravaram a publicação e Kurtzman decidiu saltar do barco, depois de perder na justiça a disputa pela posse do título, Kurtzman vagou em projetos de vida curta, até a acertar a mão na escrachada " National Lampoon" e na bem sucedida tira "Little Aniee Fanny"
publicada na Playboy de 1962 à 1988.
Com a saida do antigo editor Alfeldstein assumiu o cargo e lá permaneceu até 1984. Feldstein fez de Mad um sucesso total de vendas, sustendando-se quase interamente da venda em bancas. Não teve publicidade na maior parte de sua vida, desde que assumiu o formato de revista, em 1955 até 2001 não se liam anúncios nas suas páginas.
A revista Mad chegou a ser proibida pelo governo e investigada pelo FBI, mais de uma vez, por incitar a delinquência juvenil.
Ao menos na premissa de humor, Mad foi uma espécie de pré- hustler, nada nela era sagrada ou tabu " Não leve nada sério demais ou vocês querem que as pessoas acreditem em coisas quotidianas como a Arca de Noé e serpentes falantes com maças na boca".
Mad não era lida pelo público usual- adolecentes- mas por adultos, entre os leitores, nomes fundamentas para a história dos quadrinhos como Robert Grumb.
Em 1961 Gaines vendeu a revista, seu contador lhe disse que não poderia pagar os impostos sobre o dinheiro que a revista estava arrecadando, hoje é propriedade da Time Warner. apesar da venda Gaines continuou à frente das operações da revista até 1992 ano de sua morte, em parte pelo bom relacionamento que mantinha com colaboradores como Al Jaffeer, Dave Berg, Don Martin, Sergio Aragones entre outros das antigas que ficaram na revista por décadas. Sua vida esta ganhando uma cinebiografia com o título provisório de Mad Man.
No Brasil Mad começou a ser publicada no ínicio dos anos 70 pela editora Vecchi, desde já com Otacílio D' Assunção o "Ota", no editorial , Mad atingiu o apogeu no final daquela década quando começou a produzir matérias nacional e mesclá-lo as traduções e adptações.
Nos anos 80 na sequência da falência da Vecchi passou para Record, depois devido a baixa venda a revista parou de ser publicada, mas poucos meses depois foi editada pela Mythos, e agora está sendo publicada pelas mãos da editora Panini.
No Brasil:
* 1974-1983( Vecchi)
* 1984-2000( Record)
* 2000-2006( Mythos)
* 2008(Panini)
A Panini aparentemente detentora não só dos títulos de super heróis da DC Comics, como também de tudo que a editora americana publica lá fora.
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