O enredo deste clássico da literatura russa se passa durante a campanha de Napoleão na Áustria, e descreve a invasão da Rússia pelo exército Francês e a sua retirada, compreendendo o período de 1805 a 1820.
O jogo da política, as intrigas da corte, as tramas da sociedade, as táticas da nobreza arruinada, a brutalidade da guerra, sua banalidade e seus acasos...Os bastidores do poder são desvendados em GUERRA E PAZ.
Este painel da aristocracia russa só é tão profundo e verdadeiro porque foi escrito por alguém de dentro dela. As duas principais famílias retratadas - Rostov e Bolkonski-representam as famílias Tolstói e Volkonski, respectivamente do pai e da mãe do autor, Liev Tolstói. GUERRA E PAZ retrata ainda o preconceito e a hipocrisia da nobreza, e também suas tradições religiosas, ao lado da vida cotidiana dos soldados e dos servos.
Ambientado na Rússia do início do século 19, o romance lida com temas essenciais à vida contemporânea: a guerra e a paz. Tolstói narra as guerras entre o imperador francês Napoleão e as principais monarquias da Europa, dissecando causas, origens e consequências dos conflitos e, principalmente, expondo os homens e suas fraquezas.
Tanto no exército Francês como no russo, tudo parecia acontecer por obra do acaso. Os planos de guerra eram elaborados e discutidos minuciosamente ao longo de semanas e, no momento da ação, nada do que fora planejado, nada do que estava traçado no papel, era posto em prática. Muita coisa fugia do controle dos líderes militares, e era justamente nesses momentos que ocorriam as surpresas: as vitórias e derrotas inesperadas. Tudo muito improvisado e muito humano.
A invasão russa é uma surpresa para todos. O sonho de Napoleão se concretiza: ele toma Moscou, a capital do grande império, a cidade sagrada do czar Alexandre. A guerra-ou melhor, as guerras napoleônicas, como são chamadas - está apenas começando. Quem será o vencedor?
GUERRA E PAZ é uma epopeia no sentido de obra grandiosa, mas sem o lado heroico típico desse gênero literário. É um romance que coloca as pessoas em primeiro lugar; descreve minuciosamente a guerra para elogiar a paz. Os principais mitos políticos e bélicos são desmascarados e duramente criticados.
Com centenas de personagens e mais de mil páginas na versão original, aborda os dilemas da alma, a busca da espiritualidade, as dúvidas filosóficas, a maçonaria, a vida e a morte. O texto é tão verdadeiro que percorremos a narrativa como se estivéssemos dentro dela, neste livro forte sincero, sutil e irônico, em que o autor se coloca por inteiro. Por isso é tão humano e apaixonante.
O primeiro capítulo é um quadro representativo de toda a obra. Ele se passa em uma festa no salão de Ana Pávlovna Scherer, dama de companhia da imperatriz, que recebe a nobreza em sua casa- é assim que Tolstói introduz o leitor ao mundo que vai representar. Neste capitulo, não é importante saber quem é quem, e sim o que as pessoas dizem e pensam. Com os seus atores em cena, Tolstói começa a desvendar o jogo. Á maneira de um pintor delicado, compõe as personagens em pinceladas sutis. O clima que as envolve ajuda a revelar muito do interesse e da personalidade de cada uma. Nenhuma atitude é gratuita- todas as ações têm um significado, ou melhor, um interesse explícito.
O texto é tão fiel á realidade que mostra que alguns jovens russo tinham Napoleão - o inimigo número 1 da Rússia -como herói. Piotr Bezukhov e Andrei Bolkonski, aristocratas russos, torcem por Napoleão, provavelmente pelo seu carisma e pelas inovações realizadas no início do seu governo.
Esta adaptação respeitou o conteúdo e os aspectos estilísticos da obra original. Ao tornar o texto mais conciso-as versões integrais têm cerca de 1.200 páginas, ficaram evidenciados os aspectos relacionados mais especificamente com as guerras políticas e o jogo do poder, permeados pelo relacionamento pessoal das personagens.
Autor: Liev Tolstói. adaptação de Silvana Salerno.
Editora: Cia das Letras.
Gênero; Romance Russo.
Páginas: 279.
Ano: 2008.
Ilustração Mauricio Paraguassu e Dave Santana.
Liev Tolstói 1828-1910.
*****
O jogo da política, as intrigas da corte, as tramas da sociedade, as táticas da nobreza arruinada, a brutalidade da guerra, sua banalidade e seus acasos...Os bastidores do poder são desvendados em GUERRA E PAZ.
Este painel da aristocracia russa só é tão profundo e verdadeiro porque foi escrito por alguém de dentro dela. As duas principais famílias retratadas - Rostov e Bolkonski-representam as famílias Tolstói e Volkonski, respectivamente do pai e da mãe do autor, Liev Tolstói. GUERRA E PAZ retrata ainda o preconceito e a hipocrisia da nobreza, e também suas tradições religiosas, ao lado da vida cotidiana dos soldados e dos servos.
Ambientado na Rússia do início do século 19, o romance lida com temas essenciais à vida contemporânea: a guerra e a paz. Tolstói narra as guerras entre o imperador francês Napoleão e as principais monarquias da Europa, dissecando causas, origens e consequências dos conflitos e, principalmente, expondo os homens e suas fraquezas.
Tanto no exército Francês como no russo, tudo parecia acontecer por obra do acaso. Os planos de guerra eram elaborados e discutidos minuciosamente ao longo de semanas e, no momento da ação, nada do que fora planejado, nada do que estava traçado no papel, era posto em prática. Muita coisa fugia do controle dos líderes militares, e era justamente nesses momentos que ocorriam as surpresas: as vitórias e derrotas inesperadas. Tudo muito improvisado e muito humano.
A invasão russa é uma surpresa para todos. O sonho de Napoleão se concretiza: ele toma Moscou, a capital do grande império, a cidade sagrada do czar Alexandre. A guerra-ou melhor, as guerras napoleônicas, como são chamadas - está apenas começando. Quem será o vencedor?
GUERRA E PAZ é uma epopeia no sentido de obra grandiosa, mas sem o lado heroico típico desse gênero literário. É um romance que coloca as pessoas em primeiro lugar; descreve minuciosamente a guerra para elogiar a paz. Os principais mitos políticos e bélicos são desmascarados e duramente criticados.
Com centenas de personagens e mais de mil páginas na versão original, aborda os dilemas da alma, a busca da espiritualidade, as dúvidas filosóficas, a maçonaria, a vida e a morte. O texto é tão verdadeiro que percorremos a narrativa como se estivéssemos dentro dela, neste livro forte sincero, sutil e irônico, em que o autor se coloca por inteiro. Por isso é tão humano e apaixonante.
O primeiro capítulo é um quadro representativo de toda a obra. Ele se passa em uma festa no salão de Ana Pávlovna Scherer, dama de companhia da imperatriz, que recebe a nobreza em sua casa- é assim que Tolstói introduz o leitor ao mundo que vai representar. Neste capitulo, não é importante saber quem é quem, e sim o que as pessoas dizem e pensam. Com os seus atores em cena, Tolstói começa a desvendar o jogo. Á maneira de um pintor delicado, compõe as personagens em pinceladas sutis. O clima que as envolve ajuda a revelar muito do interesse e da personalidade de cada uma. Nenhuma atitude é gratuita- todas as ações têm um significado, ou melhor, um interesse explícito.
O texto é tão fiel á realidade que mostra que alguns jovens russo tinham Napoleão - o inimigo número 1 da Rússia -como herói. Piotr Bezukhov e Andrei Bolkonski, aristocratas russos, torcem por Napoleão, provavelmente pelo seu carisma e pelas inovações realizadas no início do seu governo.
Esta adaptação respeitou o conteúdo e os aspectos estilísticos da obra original. Ao tornar o texto mais conciso-as versões integrais têm cerca de 1.200 páginas, ficaram evidenciados os aspectos relacionados mais especificamente com as guerras políticas e o jogo do poder, permeados pelo relacionamento pessoal das personagens.
Autor: Liev Tolstói. adaptação de Silvana Salerno.
Editora: Cia das Letras.
Gênero; Romance Russo.
Páginas: 279.
Ano: 2008.
Ilustração Mauricio Paraguassu e Dave Santana.
Liev Tolstói 1828-1910.
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