"Quem não interpreta o que lê, além de fazer alarde daquilo que julga ter assimilado, não entende o que diz."

O Valor do Amanhã.


Os juros fazem parte da vida de todos os homens - aparecem tanto nas discussões sobre o crescimento econômico da nação como em aspectos miúdos do dia-a-dia. O princípio econômico é simples: o devedor antecipa um benefício para desfrute imediato e se compromete a pagar por isso mais tarde, e quem empresta cede algo de que dispõe agora e espera receber um montante superior no final da transação. Giannetti defende que esse aspecto dos juros é apenas parte de um fenômeno natural maior, tão comum quanto a força da gravidade e a fotossíntese. Enxergar o fenômeno unicamente do ponto de vista comercial obscureceria sua enorme variedade e abrangência.A questão dos juros "não se restringe ao mundo das finanças, atinge as mais diversas e surpreendentes esferas da vida prática, social e espiritual, a começar pelo processo de envelhecimento a que nossos corpos estão inescapavelmente sujeitos", diz Giannetti. Desde o momento em que aprendeu a planejar sua vida, o homem antecipa e projeta seus desígnios usando esta prática. como diz Schopenhauer" Muitos vivem em demasia no presente: são os levianos; outros vivem em demasia no futuro: são os medrosos e os preocupados" é raro alguém manter com exatidão a justa medida.

Autor:Eduardo Giannetti (prêmio Jabuti em 2006) Economista, professor na Universidade de Cambridge.
Editora:Cia das Letras.
Gênero:Filosofia, ética, valor, Raizes biológicas dos juros, imediatismo e paciência no ciclo de vida.
Págns: 328 . Ano:2005.

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