Em 1989, Drauzio Varella iniciou na detenção um trabalho voluntário de prevenção à Aids. Seu relato nesse livro tem as tonalidades da experiência pessoal: resulta dos relacionamentos que a profissão de médico permitiu manter com presos e funcionários; não busca denunciar um sistema prisional antiquado e desumano; expressa uma disposição para tratar com as pessoas caso a caso, mesmo em condições nada propícias à manifestação das individualidades.
Na cidadela do Carandiru, Drauzio conheceu pessoas como Mário Cachorro, Xanto, Roberto Carlos, Sem-Chance, seu Jeremias, Alfinete, Filósofo, Loreta e seu Luís. Não importa a pena a que tenham sido condenados, todos estavam sujeitos às normas do controle de comportamento que era vigente na instituição. Por outro lado, todos seguiam um rígido código penal não escrito, criado pela própria população carcerária(contrariá-lo pode equivaler a morte ).Estação Carandiru fala dessas pessoas . São crônicas sobre formas de viver e morrer.
Com mais de 7200 presos, a Casa de Detenção de São Paulo é o maior presídio do país. Está situada no bairro do Carandiru, a dez minutos da praça da Sé, marco zero da cidade. Construída na década de 20, é um conjunto arquitetônico formado por sete pavilhões, cada um com cinco andares. Neles há corredores que chegam a cem metros de comprimento. Os presos passam o dia soltos e são trancados à noite. Só o pavilhão Cinco abriga 1700 prisioneiros, mais de seis vezes a população carcerária do presídio americano de Alcatraz, desativado nos anos 60. Em 1989, o médico Drauzio Varella iniciou na Detenção um trabalho voluntário de prevenção à AIDS. Seu relato neste livro tem as tonalidades da experiência pessoal: não busca denunciar um sistema prisional antiquado e desumano; expressa uma disposição para tratar com as pessoas caso a caso, mesmo em condições nada propícias à manifestação das individualidades. Na cidadela do Carandiru, Drauzio conheceu pessoas como Mário Cachorro, Roberto Carlos, Sem-Chance, seu Jeremias, Alfinete, Filósofo, Loreta e seu Luís. Não importa a pena a que tenham sido condenados, todos seguem um rígido código penal não escrito, criado pela própria população carcerária. Contrariá-lo pode equivaler à morte. Estação Carandiru fala dessas pessoas, das formas que encontram de viver.
Um relato verídico
Com mais de 7.200 presos, a Casa de Detenção de São Paulo é o maior presídio do país. Está situado no bairro do Carandiru, a 10 minutos da Praça da Sé, marco zero da cidade. Construída na década de 20, é um conjunto arquitetônico formado por sete pavilhões, cada um com cinco andares. Neles há corredores que chegam a 100 metros de comprimento. As celas têm portas maciças. Os presos passam o dia soltos e são trancados à noite. Só o Pavilhão 5 abriga 1 700 prisioneiros, mais de seis vezes a população carcerária do presídio americano de Alcatraz, desativado nos anos 60. Em 1989, o médico cancerologista Drauzio Varella iniciou na Detenção um trabalho voluntário de prevenção à Aids. Seu relato no livro “Estação Carandiru” tem as tonalidades da experiência pessoal: resulta dos relacionamentos que a profissão de médico permitiu manter com presos e funcionários; não busca denunciar um sistema prisional antiquado e desumano; expressa uma disposição para tratar com as pessoas caso a caso, mesmo em condições nada propícias à manifestação das individualidades. Desse modo, ele conseguiu escrever crônicas sobre a vida e sobre a morte. Dentro do Carandiru, todos seguem um rígido código penal não escrito, criado pela própria população carcerária. Contrariá-lo pode significar a morte.
Trilogia.:
https://marcelotodeschini.blogspot.com.br/2018/02/carcereiros.html
https://marcelotodeschini.blogspot.com.br/2018/02/prisioneiras.html
Autor: Drauzio Varella.
Gênero: Obra jornalística.
Editora: Companhia das Letras.
Págnas: 297. Ano: 1999.
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