Este papagaio nasceu em Paris e sua cor cinzenta é a cor do céu de inverno. Cinzenta, sim. O verde-amarelo é tinta.
Quando Orsino comprou o salão de cabeleireiro na cidade, queria um ambiente brasileiro e, voilá, com sua nobre linhagem, Henri acabou num poleiro de plástico.
Aliando humor e requinte, Luis Fernando Veríssimo criou um papagaio como narrador desta história- e de um poleiro metafórico, o aristocrático Henri viu o mundo virar do avesso, como nas melhores comédias de Shakespeare.
Violeta chegou do Brasil e precisou cortar os cabelos, para se fingir de homem e trabalhar como recepcionista no salão. O problema é que ela se apaixonou por Orsino, mas o patrão estava louco por Olívia. Henri avisou.
Não é comédia, é drama, é tragédia. Tem paixão, perfídia, sociologia. E riam, riam, Quem poderia acreditar em um papagaio?
Capaz de citar John Lennon e Kierkegaard numa mesma frase, o papagaio Henri não traiu sua dinastia e nos conta tudo a que assiste no salão de beleza, sem conseguir parar, movido a bisbilhotice. tudo bem, ele é compulsivo, se envolve na história e acaba se apaixonando por Violeta. Até ofereceu seu pé em casamento à jovem brasileira, perdida em Paris. Mas como evitar que ela se transformasse em César e se apaixonasse por Orsino?
A Décima Segunda Noite é um livro inspirado na peça Noite de Reis, uma das comédias mais luminosas de Shakespeare. No texto .escrito há mais de 400 anos, o duque Orsino está caído de amores pela condessa Olívia, de luto fechado pela morte do irmão. Até que uma jovem, que se disfarça de homem para trabalhar na Corte, se torna o mensageiro do duque, levando recados de amor para a Condessa. Daí começa a espiral de mal-entendidos - Olívia se apaixona por ele, que na verdade é ela, que na verdade é ela, que no fundo está obcecada pelo patrão.
Veríssimo transforma o duque criado por Shakespeare em dono de um salão de cabeleireiro em Paris, o IIIyria- nome da ilha inventada pelo dramaturgo para cenário de Noite de Reis.
O livro nos relata uma tragicomédia de amores- amores simples, amores loucos, amores sem esperança. Isso sem falar no amor do papagaio por Violeta, que compete em todas categorias.
Este é o segundo volume da coleção Devorando Shakespeare, que publica novelas contemporâneas baseadas nas comédias do poeta inglês. O primeiro livro da coleção, Trabalhos de amor perdidos,
foi escrito por Jorge Furtado, a partir da peça homônima de Shakespeare. O próximo livro da série, Sonhos de uma noite de verão, será assinado por Adriana Falcão.
Luis Fernando Veríssimo é um dos autores mais respeitados do país, Colunista de vários jornais, ele é publicado em 17 países e conquistou prêmios literários importantes, além do troféu Juca Pato, como Intelectual do Ano. Desde 1999 sua obra vem sendo relançada pela editora Objetiva na coleção Verissimo, Erudito, silencioso, ele escreve sobre o nosso cotidiano social, politico, amoroso. Ao contrário do papagaio que escolheu como narrador deste livro, é conhecido por observar muito mas falar pouco-"esse é o poder absoluto do autor", como diria Henri, "o de escolher o seu disfarce"
Autor: Luis Fernando Veríssimo
Editora: Objetiva.
Gênero: Romance inspirado na obra "Noite de Reis" de William Shakespeare.
Paginas: 147. Ano; 2006.
****
Quando Orsino comprou o salão de cabeleireiro na cidade, queria um ambiente brasileiro e, voilá, com sua nobre linhagem, Henri acabou num poleiro de plástico.
Aliando humor e requinte, Luis Fernando Veríssimo criou um papagaio como narrador desta história- e de um poleiro metafórico, o aristocrático Henri viu o mundo virar do avesso, como nas melhores comédias de Shakespeare.
Violeta chegou do Brasil e precisou cortar os cabelos, para se fingir de homem e trabalhar como recepcionista no salão. O problema é que ela se apaixonou por Orsino, mas o patrão estava louco por Olívia. Henri avisou.
Não é comédia, é drama, é tragédia. Tem paixão, perfídia, sociologia. E riam, riam, Quem poderia acreditar em um papagaio?
Capaz de citar John Lennon e Kierkegaard numa mesma frase, o papagaio Henri não traiu sua dinastia e nos conta tudo a que assiste no salão de beleza, sem conseguir parar, movido a bisbilhotice. tudo bem, ele é compulsivo, se envolve na história e acaba se apaixonando por Violeta. Até ofereceu seu pé em casamento à jovem brasileira, perdida em Paris. Mas como evitar que ela se transformasse em César e se apaixonasse por Orsino?
A Décima Segunda Noite é um livro inspirado na peça Noite de Reis, uma das comédias mais luminosas de Shakespeare. No texto .escrito há mais de 400 anos, o duque Orsino está caído de amores pela condessa Olívia, de luto fechado pela morte do irmão. Até que uma jovem, que se disfarça de homem para trabalhar na Corte, se torna o mensageiro do duque, levando recados de amor para a Condessa. Daí começa a espiral de mal-entendidos - Olívia se apaixona por ele, que na verdade é ela, que na verdade é ela, que no fundo está obcecada pelo patrão.
Veríssimo transforma o duque criado por Shakespeare em dono de um salão de cabeleireiro em Paris, o IIIyria- nome da ilha inventada pelo dramaturgo para cenário de Noite de Reis.
O livro nos relata uma tragicomédia de amores- amores simples, amores loucos, amores sem esperança. Isso sem falar no amor do papagaio por Violeta, que compete em todas categorias.
Este é o segundo volume da coleção Devorando Shakespeare, que publica novelas contemporâneas baseadas nas comédias do poeta inglês. O primeiro livro da coleção, Trabalhos de amor perdidos,
foi escrito por Jorge Furtado, a partir da peça homônima de Shakespeare. O próximo livro da série, Sonhos de uma noite de verão, será assinado por Adriana Falcão.
Luis Fernando Veríssimo é um dos autores mais respeitados do país, Colunista de vários jornais, ele é publicado em 17 países e conquistou prêmios literários importantes, além do troféu Juca Pato, como Intelectual do Ano. Desde 1999 sua obra vem sendo relançada pela editora Objetiva na coleção Verissimo, Erudito, silencioso, ele escreve sobre o nosso cotidiano social, politico, amoroso. Ao contrário do papagaio que escolheu como narrador deste livro, é conhecido por observar muito mas falar pouco-"esse é o poder absoluto do autor", como diria Henri, "o de escolher o seu disfarce"
Autor: Luis Fernando Veríssimo
Editora: Objetiva.
Gênero: Romance inspirado na obra "Noite de Reis" de William Shakespeare.
Paginas: 147. Ano; 2006.
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